Preservar o meio ambiente tem se tornado um grande negócio mundial, e o produtor brasileiro é referência neste quesito. Prova disto, é o percentual do que é emitido de gás carbônico (CO2) pelo país, em referência ao restante do mundo – segundo dados da Climate Watch, o Brasil é responsável por 2,9% da emissão de CO2 do planeta. Diante disto, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu, nesta terça-feira (24), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para debater o Decreto 11.075/22, que regulamenta o mercado de crédito de carbono.

Segundo o ministro, o decreto mostra o Brasil na direção correta. “Seremos um grande exportador de crédito de carbono, temos que inovar e crescer em direção ao verde”, sugere Joaquim Leite. O ministro cita ser necessário criar planos setoriais ajustados à realidade de cada território e de cada setor “para chegarmos à neutralidade climática até 2050”.

Para o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), o grande desafio do Brasil é mitigar a onda negativa, da narrativa do continente Europeu, de que não produzimos ativos ambientais. “Esse é um grande mercado, tem espaço para isso e o Brasil tem estoque para suportar esse mercado e nós queremos que isso chegue para o produtor rural.”De acordo com o deputado Domingos Sávio (PL-MG), ao longo de muito tempo se conviveu e criou-se um ambiente difícil entre o setor produtivo e as áreas ambientais. “Esse é o diferencial deste governo, ele é parceiro para estabelecer relação equilibrada e saudável entre produção e meio ambiente. Vejo esse decreto nesta direção.”

O parlamentar deu a sugestão de produzir um pequeno manual de orientação, didático, de ajuda ao produtor e a sociedade, para compreender como colocar em prática este processo. “Para o produtor saber como ele pode fazer parte. Outra sugestão é conciliar essa política com o nosso Plano Safra,” disse Domingos Sávio.O deputado Luiz Nishimori (PSD-PR) destacou que nenhum país faz o que o Brasil faz. “Temos que combater essa crítica que estamos recebendo do mundo sobre o meio ambiente. Nós que temos um Código Florestal como o nosso, é injusto que sejamos tão criticados. Precisamos explicar melhor a verdade sobre o país”.A ex-ministra, deputada Tereza Cristina (PP-MS) enfatizou que existe na Europa o conceito de que o Brasil desmata e não conserva. “Só vamos mudar com muita paciência e resiliência. Temos uma ótima oportunidade neste momento, acredito que estamos na direção certa. O Brasil, na questão verde, está muito à frente de todos os outros países. Nós temos as leis e vamos segui-las. Vamos inverter de maneira inteligente,” finalizou.

Fonte: FPA

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