O mercado brasileiro de milho deve ter um dia de cautela nos negócios, atento ao comportamento do dólar. A preocupação com o clima para a safrinha deve seguir como um fator de sustentação aos preços. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago mantém o tom positivo da última sessão.
Chicago
A posição julho opera com alta de 3,00 centavos, ou 0,93%, cotada a US$ 3,23 3/4 por bushel.
O mercado busca suporte no plantio mais lento que o esperado por analistas para a safra de milho norte-americana. O sentimento de uma demanda mais efetiva para o cereal do país também favorece os ganhos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de milho. Até 17 de maio, a área plantada estava estimada em 80%. O mercado apostava em 81%. Em igual período do ano passado, o número era de 44%. Na semana passada, os trabalhos cobriam 67% da área. A média para os últimos cinco anos é de 71%.
Ontem (18), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 3,20 3/4, com alta de 1,50 centavo, ou 0,46%, em relação ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial registra alta de 0,24% a R$ 5,7390.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia fecharam firmes. Xangai, +0,81%. Tóquio, +1,49%.
- As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,56%; Frankfurt, -0,23%; Londres, -0,45%.
- O petróleo opera com ganhos. Junho do WTI em NY: US$ 31,93 o barril (+0,34%).
- O Dollar Index registra baixa de 0,24%, a 99,43 pontos.
Mercado
O mercado brasileiro de milho teve uma segunda-feira de preços pouco alterados no interior, com uma ou outra alteração, e de quedas nos portos. A baixa do dólar acentuada pressionou as cotações nos portos. O dia no geral foi lento na comercialização de milho.
Por outro lado, seguem as preocupações com o clima para a safrinha. Além da falta de chuvas, há apreensão com o frio. É clara a preocupação com o clima na safrinha no Centro-Norte do Paraná e parte do Mato Grosso do Sul, nas localizadas em que as chuvas foram fracas na semana passada. Uma forte frente fria chega à região Sul nos dias 22, 23, 24 e 25, trazendo fortes chuvas para boa parte do PR, e MS, talvez Sul de São Paulo. Contudo, novamente há queda extrema de temperaturas e risco de geadas no próximo final de semana.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 49,00 e R$ 51,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 48,00 e R$ 50,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 46,00/48,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 51,00/52,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 53,00/54,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 47,50/49,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 45,00/46,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 42,00 – R$ 44,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 38,00/40,00 a saca em Rondonópolis.
Fonte: Agências SAFRAS