O mercado brasileiro de milho deve manter um cenário de negócios travados nesta quarta-feira, diante do impasse entre produtores e compradores em torno dos preços. Hoje as atenções se voltam para o relatório de oferta e demanda de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado às 14h, pelo horário de Brasília. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago se recupera das perdas de ontem e avança.

O mercado brasileiro de milho registrou preços pouco alterados nesta terça-feira. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o volume ofertado está aumentando neste início de semana.

No entanto os negócios permanecem travados. “Os problemas de abastecimento seguirão recorrentes até a entrada da safrinha, ou seja, todo o primeiro semestre será de grandes dificuldades. Outro fator que precisa ser considerado está no avanço dos preços do frete conforme evolui a colheita da soja”, assinalou.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 90,00 a R$ 101,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 89,00/102,00.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 96,00/99,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 97,00/100,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 99,00/101,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 98,00/102,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 90,00/92,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 89,00/R$ 92,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 82,00/85,00 a saca em Rondonópolis.

Chicago 

Os contratos com vencimento em março registram avanço de 0,63%, ou 4,00 centavos, a US$ 6,36 1/4 por bushel.

Os investidores estão em compasso de espera pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para o mês de fevereiro, que deve apontar um corte nos estoques de passagem do país na safra 2021/22. O relatório será divulgado nesta quarta-feira, às 14 horas (horário de Brasília).

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o Departamento irá reduzir os estoques finais de passagem da safra 2021/22 norte-americana para 1,515 bilhão de bushels, abaixo dos 1,540 bilhão de bushels indicados em janeiro.

Para a safra global 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 300,3 milhões de toneladas, acima das 300,1 milhões de toneladas previstas em janeiro.

O Departamento deve reduzir a expectativa de produção de milho do Brasil em 2021/22 para 113 milhões de toneladas, ante as 115 milhões de toneladas previstas no mês passado, em razão da estiagem.

O USDA também deve cortar a estimativa de produção de milho da Argentina em 2021/22 para 52,1 milhões de toneladas, ante as 54 milhões de toneladas em janeiro, também por conta dos efeitos na falta de chuvas.

Ontem (8), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 6,32 1/4 por bushel, recuo de 3,00 centavos de dólar, ou 0,47%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 0,11% a R$ 5,254. O Dollar Index registra perda de 0,21% a 95,45 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram firmes. Xangai, +0,79%. Tóquio, +1,08%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +1,47%. Londres, +0,74%.
  • O petróleo opera em baixa. Março do WTI em NY: US$ 88,98 o barril (-0,42%).

Fonte: Agência SAFRAS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.