O mercado brasileiro de soja retoma as negociações, passado o feriado, avaliando o relatório baixista do USDA, divulgado ontem, e que colocou a posição novembro abaixo da casa de US$ 12. A tendência é de mais um dia de poucos negócios e de preços regionalizados, com os produtores focando no plantio.

O mercado teve preços nominais e comercialização travada na segunda. Houve uma alta localizada no Mato Grosso devido à demanda da indústria, mas sem negócios.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 171,00 para R$ 168,00. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 170,00 para R$ 167,00. No porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 173,50 para R$ 171,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 170,00 para R$ 169,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 174,00 para R$ 173,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 164,00 para R$ 168,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 162,00 para R$ 161,00. Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 164,00.

USDA

O relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,448 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 121,05 milhões de toneladas. O mercado esperava safra de 4,409 bilhões ou 119,99 milhões. Em setembro, a indicação era de 4,374 bilhões de bushels ou 119,058 milhões de toneladas.

A produtividade foi elevada de 50,6 bushels por acre para 51,5 bushels, enquanto o mercado estimava 51,1 bushels por acre.

Os estoques finais estão projetados em 320 milhões de bushels ou 8,7 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 289 milhões ou 7,87 milhões de toneladas. No mês passado, os estoques finais estavam estimados em 185 milhões de bushels ou 5,03 milhões de toneladas.

O USDA indicou esmagamento em 2,190 bilhões de bushels e exportação de 2,090 bilhões. Em setembro, os números eram de 2,180 bilhões e 2,090 bilhões, respectivamente.

O relatório projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 385,14 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 104,57 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 101 milhões de toneladas. Em setembro, o USDA indicou produção de 384,42 milhões e estoques de 98,89 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 121,06 milhões de toneladas, contra 119,04 milhões do relatório anterior. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 144 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 51 milhões de toneladas. As importações chinesas deverão ficar em 101 milhões de toneladas.

Para a temporada 2020/21, a estimativa para a safra mundial ficou em 365,26 milhões de toneladas. Os estoques de passagem estão projetados em 99,16 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 96,4 milhões de toneladas.

A produção do Brasil foi mantida em 137 milhões. Já a safra argentina ficou em 46,2 milhões de toneladas. A previsão para as importações chinesas foi mantida em 99 milhões de toneladas.

Chicago 

Os contratos com vencimento em novembro registram alta de 0,43% a US$ 12,03 1/2 por bushel.

Após o tombo de ontem, provocado pelos números do USDA, o mercado se recupera parcialmente por compras de barganha.

O Departamento divulgou ainda ontem o relatório sobre a evolução colheita das lavouras de soja. Até 10 de outubro, a área colhida estava apontada em 49%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 58%. A média é de 40%. Na semana anterior, estava em 34%. O mercado esperava número de 50%.

Segundo o USDA, até 10 de outubro, 59% estavam entre boas e excelentes condições, 27% em situação regular e 14% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 58%, 28% e 14%, respectivamente. O mercado esperava 58% das lavouras entre boas e excelentes condições.

Prêmios 

Os prêmios de exportação da soja estiveram em 180 a 205 pontos acima de Chicago no final da segunda no Porto de Paranaguá, para outubro. Para novembro, o prêmio era de 180 a 200 acima. Para março do ano que vem, o prêmio estava em 30 a 35 pontos acima.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 0,25% a R$ 5,523. O Dollar Index registra recuo de 0,23% a 94,30 pontos.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,42%. Tóquio, -0,32%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, +0,26%. Londres, -0,06%.
  • O petróleo opera em baixa. Novembro do WTI em NY: US$ 80,07 o barril (-0,70%).

Fonte: Agência SAFRAS

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