O mercado brasileiro de soja deve ter mais um dia de poucos negócios e de preços regionalizados nesta terça. À espera do USDA, os produtores tendem a permanecer retraídos, com Chicago em alta moderada e dólar com leva baixa frente ao real.

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais baixos nas principais praças do país na segunda. Com Chicago em leve baixa e dólar subindo pouco, os negociadores se afastaram, aguardando o relatório do USDA, o que resultou em um dia quase sem operações.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 176,50 para R$ 175,50. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 175,50 para R$ 174,50. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 180,50 para R$ 179,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço caiu de R$ 174,00 para R$ 172,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 179,50 para R$ 178,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 174,00 para R$ 172,00. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 163,50. Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 170,00.

Chicago 

Os contratos com vencimento em julho operam com alta de 0,34%, cotados a US$ 15,93 por bushel.

Em sessão volátil, o mercado chegou a registrar perdas mais cedo, pressionado pelo bom andamento do plantio nos Estados Unidos. Mas o grão reagiu e reverteu para o território positivo, se aproximando das máximas do dia.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja. Até 9 de maio, a área plantada estava apontada em 42%.

O mercado esperava o número em 40%. Na semana passada, o número estava em 24%. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 36%. A média é de 22%.

USDA

Os agentes também começam a posicionar as carteiras à espera do tão aguardado relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quarta, dia 12, às 13 horas (horário de Brasília).

O Departamento vai divulgar as suas primeiras estimativas de oferta e demanda de soja americana para a temporada 2021/22. O mercado aposta em números de produção e estoques acima dos obtidos em 2020/21.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,441 bilhões de bushels em 2021/22, superando a safra 2020/21, que está estimada em 4,135 bilhões de bushels. Para os estoques, a previsão é de elevação, passando de 120 milhões previstos em abril para 132 milhões de bushels. O número para a temporada 20/21 pode ser cortado para 118 milhões, segundo avaliação do mercado.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 88,8 milhões de toneladas, superando as 86,9 milhões de toneladas indicadas para 2020/21. Esse último número não deverá ser modificado no próximo levantamento.

A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa elevada de 136 milhões para 136,1 milhões de toneladas. A safra argentina pode ter corte, passando de 47,5 milhões para 46,7 milhões de toneladas.

Prêmios 

O prêmio em Paranaguá para maio ficou em -45 e -15 sobre Chicago. Para junho, o prêmio é de -24 a -15.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 0,11% a R$ 5,226.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, +0,4%, sendo a exceção. Tóquio, -3,08%.
  • As principais bolsas na Europa registram índices em baixa. Paris, -2,09%. Londres, -2,37%.
  • O petróleo opera em baixa. Junho do WTI em NY: US$ 64,12 o barril (-1,21%).
  • O Dollar Index registra perda de 0,16% a 90,07 pontos.

Fonte: Agência SAFRAS

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