O mercado doméstico de algodão segue sentindo os reflexos da forte queda que vem sendo protagonizada pelas cotações na Bolsa de Nova York nos últimos dias. Na média do polo industrial paulista, a fibra fechou a quinta-feira (25) cotada a R$ 4,75 por libra-peso, ante R$ 4,95 por libra-peso no dia 18.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, as indústrias seguem no mercado. “Porém, de olho na paridade de exportação, têm reduzido suas ofertas”, explica. “Os produtores permanecem ofertando de forma pontual, temendo um derretimento mais acentuado das cotações”, pondera.
Os números da Bolsa Brasileira de Mercadorias, divulgados nesta quinta-feira e com valores da véspera, mostraram um total de 5,310 mil toneladas da safra 2019/20 registrados no dia. No FOB exportação do porto de Santos/SP o produto brasileiro fechou o dia 25 a 82,82 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), recuando 2,45% em relação à véspera. Ante ao contrato spot da Ice Futures (maio/2021), a pluma brasileira fechou cotada por um valor 5,6% superior, contra 4,1% superior do dia anterior. Há uma semana, era 2,8% superior.
As exportações brasileiras de algodão bruto somaram 153,804 mil toneladas até a terceira semana de março (15 dias úteis), com média diária de 10,253 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 254,867 milhões, com média diária de US$ 16,991 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Em relação à igual período do ano anterior, houve avanço de 60,76% no volume diário exportado (6,378 mil toneladas diárias em março de 2020). Já a receita diária teve acréscimo de 68,17% (US$ 10,103 milhões diários em março de 2020).
Fonte: Agência SAFRAS