O mercado brasileiro de milho deve ter uma quarta-feira de negócios calmos. O âmbito consumidor aponta para uma situação confortável em relação aos estoques, apostando em uma maior queda das cotações para aquisições. Os produtores, por sua vez, também apresentam resistência e uma postura retraída nos negócios. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago registra alta e o dólar sobe frente ao real.
O mercado brasileiro de milho registrou preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado seguiu calmo, com preços bem sustentados no Sul e em São Paulo especialmente. O foco está na resistência de venda por parte dos produtores.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 59,50/63,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 59,00/66,00 (compra/venda) a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 57,00/60,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 58,00/60,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 62,50/65,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 64,00/65,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 50,00/52,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 46,00/50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 39,00/42,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em julho estão cotados a US$ 4,60 1/4 por bushel, alta de 2,25 centavos de dólar, ou 0,49%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado se firma em território positivo, refletindo os sinais de uma melhor demanda pelo produto estadunidense. O cereal busca um movimento de cobertura de posições vendidas.
* Além disso, há uma expectativa de menor produção em países da América do Sul, como Argentina e Brasil. Na Argentina, os cortes são causados pela cigarrinha, enquanto no Brasil, a falta de chuvas em algumas regiões pode reduzir o potencial produtivo da safrinha.
*Ontem (21), os contratos de milho com entrega em julho de 2024 fecharam a US$ 4,58 por bushel, baixa de 2,50 centavos de dólar, ou 0,54%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro de 2024 fechou a sessão a US$ 4,68 1/2 por bushel, recuo de 2,50 centavos de dólar, ou 0,83%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 0,51% a R$ 5,1428. O Dollar Index registra valorização de 0,21% a 104,88 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, +0,02%. Japão, -0,85%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices fracos. Paris, -0,59%. Frankfurt, -0,28%. Londres, -0,56%.
* O petróleo opera em baixa. Julho do WTI em NY: US$ 77,83 o barril (-1,05%).
AGENDA
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
– Desempenho de Máquinas Agrícolas – Anfavea, 14h30.
—–Quinta-feira (23/05)
– Estimativa para a safra brasileira de café – Conab, 9h.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados sobre o desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (24/05)
– Japão: A leitura revisada do índice de preços ao consumidor de abril será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.
– Alemanha: A leitura revisada do PIB do primeiro trimestre será divulgada às 3h pelo Destatis.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Autor/Fonte: Pedro Carneiro / Safras News
