A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão com preços acentuadamente mais altos. O mercado disparou e foi ao maior nível desde 29 de junho, com os traders avaliando o fim do corredor de grãos do Mar Negro e o bombardeio russo à infraestrutura do porto de Odesa, na Ucrânia.
Segundo analistas consultados por agências internacionais, caso a Rússia siga bloqueando portos ucranianos, as consequências para o fornecimento global de milho podem ser ainda mais sérias. A alta nos preços do petróleo e o clima seco em partes dos Estados Unidos também garantiram suporte.
De acordo com o analista de grãos do Rabobank, Dennis Voznesenski, em entrevista à Reuters, os preços globais dos grãos continuarão voláteis até que o mercado seja capaz de compreender plenamente o impacto da retirada da Rússia do acordo de grãos. Ele destacou que a Ucrânia tem trabalhado na construção de caminhos alternativos para suas exportações desde o início da guerra, mas até o momento, essas rotas não são suficientes para compensar totalmente a perda do Mar Negro.
Na sessão, os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,28 3/4 por bushel, ganho de 29,50 centavos de dólar, ou 5,9%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro fechou a sessão a US$ 5,34 1/2 por bushel, alta de 28,50 centavos de dólar, ou 5,63%, em relação ao fechamento anterior.
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Autor/Fonte: Gabriel Nascimento / Agência SAFRAS