Comentários referentes à 02/04/2024.
FECHAMENTOS DO DIA 02/04

A cotação de maio24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -2,07 % ou $ -9,00 cents/bushel a $ 426,50. A cotação para julho24, fechou em baixa de -1,84 % ou $ -8,25 cents/bushel a $ 441,00.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. As chuvas no centro-oeste americano, que melhoraram as condições hídricas neste começo de plantio, levaram o mercado americano a questionar se o USDA não reduziu demasiadamente a perspectiva para o plantio do milho. “Muitos no mercado acreditam que aestimativa do USDA tenha sido muito baixa e que alguns hectares não contabilizados acabarão sendo semeados com milho”, disse em nota Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage.

O avanço do plantio da safrinha no Brasil e a grande oferta mundial de grãos voltaram a ser tema nas mesas dos Traders.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
RELAÇÃO PETRÓLEO/MILHO FAVORECE O MILHO

Há algo que está chamando a atenção: o petróleo, que durante anos, correu paralelamente aos preços agrícolas, está em níveis historicamente elevados. Os US$ 80 por barril em Chicago (que não é o mercado de referência, mas é onde é negociado junto com grãos e derivados) são compatíveis com um preço do milho acima de US$ 250, que está em US$ 170/t.

Nesses preços, a conversão do milho em etanol, para misturar com gasolina, é muito favorável. Este ano, nos Estados Unidos, foi autorizado um aumento de 15% durante o verão, que agora chega. A capacidade instalada nas destilarias seria um fator limitante, mas este é um bom cenário.

A GRANDE DEMANDA DE ETANOL DE MILHO E DE SOJA PARA AVIAÇÃO

Ligado a este problema dos biocombustíveis está o avanço impetuoso do biodiesel de segunda geração nos Estados Unidos. É aquele que está a ser introduzido a todo vapor na navegação aérea, que não parece seguir o caminho da mobilidade elétrica. Este boom está a provocar uma procura muito forte de óleo de soja, que se expressa nos mercados: o preço deste derivado permanece nos mesmos níveis de março de 2023, enquanto o milho e a farinha de soja caíram entre 20 e 30%.

EUA/MILHO-USO PARA ETANOL NOS EUA AUMENTA 11% EM FEVEREIRO, PARA 11,23 MILHÕES DE TONELADAS

O uso de milho para produção de etanol nos Estados Unidos totalizou 442 milhões de bushels (11,23 milhões de toneladas) em fevereiro, informou o Departamento de Agricultura do país (USDA). O volume representa aumento de menos de 1% ante o mês anterior e de 11% ante fevereiro de 2023.

O consumo total de milho no país para álcoois e outros fins foi de 492 milhões de bushels (12,50 milhões de toneladas) em fevereiro, alta de 2% ante janeiro e de 11% em relação a fevereiro de 2023. Do total, 92,1% foram destinados para a produção de álcoois e 7,9%, para outros fins.

BRASIL/USDA EM BRASILIA REDUZ PRÓXIMA SAFRINHA PARA 122 MT

A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília (DF) reduziu sua estimativa de produção de milho do Brasil para 122 milhões de toneladas em 2023/24, ante 130 milhões de toneladas esperados em novembro passado, em virtude dos efeitos negativos do fenômeno climático El Niño.

Contudo, o volume deve crescer em 2024/25, para 129 milhões de toneladas, em linha com os aumentos esperados no consumo, especialmente nas indústrias de rações e etanol, disse a agência. Para 2022/23, a projeção é de safra de 135,5 milhões de toneladas. As exportações brasileiras também tiveram uma redução de 20% para 45 MT.

COLHEITA 1º SAFRA-CONAB

A colheita da primeira safra de milho alcançou, no País, 46,4% da área plantada, avanço de 3,6 pontos porcentuais na semana e atraso de 1,2 ponto porcentual entre as temporadas. Paraná, com 91% da área colhida, São Paulo, com 85%, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (80%) estão com os trabalhos mais adiantados. Bahia colheu apenas 5,2% da área de milho verão.

PLANTIO SAFRINHA-CONAB

A Conab informou, ainda, que o plantio da segunda safra 2023/24 de milho atingia 98,7% da área prevista, avanço de 1,9 ponto porcentual na semana e de 2,4 pontos porcentuais à frente de igual período da temporada anterior. Mato Grosso, Goiás e Tocantins já concluíram o plantio. Paraná conta com 99% dos trabalhos concluídos e Mato Grosso do Sul, com 96%.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Mesmo com temor da safrinha, mercado internacional pressiona, e B3 cede novamente

Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações negativas nesta terça-feira (02). Apesar da preocupação ainda vigente com a área de safrinha, e um dólar com variação praticamente neutra (-0,02%); o mercado cedeu à possibilidade de realização de lucro e à pressão internacional, onde a Bolsa de Chicago apresentou recuo de 9,0 pontos no maio/24. Na variação semanal, os vencimentos também passam a apresentar um cenário negativo, com perdas de até R$ 1,03 no contrato maio/24.

OS FECHAMENTOS DO DIA 02/04

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em variações negativas: o vencimento de maio/24 foi de R$ 58,89 apresentando baixa de R$ 0,65 no dia, baixa de R$ 1,03 na semana; julho/24 fechou a R$ 59,40, baixa de R$ 0,18 no dia, baixa de R$ 0,44 na semana; o vencimento setembro/24 fechou a R$ 60,76, baixa de R$ 0,26 no dia e baixa de R$ 0,18 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



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