FECHAMENTOS DO DIA 02/05
O contrato de soja para maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 2,96%, ou $ 34,25 cents/bushel a $ 1190,00. A cotação de julho24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 2,46 % ou $ 28,75 cents/bushel a $ 1199,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 4,56 % ou $ 15,9 ton curta a $ 364,9 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -0,05 % ou $ -0,02/libra-peso a $ 43,24.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Os ganhos foram sustentados pelo excesso de chuvas e por alagamentos no Rio Grande do Sul, o último Estado brasileiro a iniciar a colheita. Na segunda, a Conab informou que os trabalhos no Estado estavam em 60% até o último domingo.
Segundo analistas, com 40% da área ainda a ser colhida e muitos campos debaixo d’água, dificilmente não haverá perdas. Também há expectativa de impactos logísticos, já que muitas estradas estão obstruídas e carregamentos deixarão de ser feitos.
O enfraquecimento do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte às cotações. Atrasos na colheita na Argentina, a forte alta do farelo de soja e o ritmo mais lento do plantio nos Estados Unidos, por causa de chuvas em áreas do Meio-Oeste do país, foram outros fatores altistas para os preços.
NOTÍCIAS IMPORTANTES:
FARSUL-IMPACTO CLIMÁTICO AFETA FASE FINAL DA SOJA E A LOGÍSTICA DE ESCOAMENTO
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul já afetam a produção agrícola do Estado, sobretudo áreas de arroz e de soja. “O que está no campo foi impactado”, disse o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira.
Segundo ele, a situação da oleaginosa é a que mais preocupa, pois há muitas lavouras debaixo d’água, que certamente terão a produtividade comprometida. “A soja tem um limite de umidade para aguentar”, disse Pereira. “Com muita água, os grãos vão dilatar, precisamos de sol.” Segundo ele, ainda há cerca de 40% a oleaginosa a ser colhida.
BRASIL/BIODIESEL-COM A ADOÇÃO DO B14 PRODUÇÃO CRESCE 35% EM MARÇO
A produção de biodiesel no Brasil aumentou 35% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o incremento se deve ao aumento da mistura do biocombustível ao diesel comum, que naquele mês foi de 12% (B12) para 14% (B14), conforme deliberação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
No terceiro mês de 2024 o País produziu 7,4 milhões de metros cúbicos contra 5,52 milhões de metros cúbicos em igual período do ano passado. Em março do ano que vem, a mistura vai para 15%, ou B15.
A ABIOVE não vê problemas para atender ao mercado adicional do biocombustível. Ele observa que, apesar dos problemas climáticos, a safra de soja 2023/24 deve ser a segunda maior da história e que o País terá uma produção abundante para exportar e esmagar.
PRIMEIRA CONCESSÃO HIDROVIÁRIA DO PAÍS GANHA CORPO E DEVERÁ BENEFICIAR O ARCO NORTE
A primeira concessão hidroviária do Brasil será um trecho de mais de mil quilômetros de extensão do Rio Madeira, que banha 11 municípios nos Estados de Rondônia e do Amazonas.
O projeto prevê que cerca de 80% da remuneração à concessionária seja subsidiada pelo governo. O restante da receita virá da cobrança de tarifa para operadores transporte de carga. Os 20% restantes virá das tarifas pagas por embarcações destinadas ao transporte de produtos como grãos, combustíveis e fertilizantes. Embarcações que fazem o transporte de caminhões de cargas, o chamado RoRo caboclo e de contêineres também serão tarifadas.
Com isto os fretes para o Arco Norte deverão ficar mais baratos, em detrimento dos fretes rodoviários para Santos e Paranaguá.
Fonte: T&F Agroeconômica
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