Por T&F Agroeconômica

FATORES DE ALTA

a) Traders cobriram posições vendidas após os preços terem recuado nas três sessões anteriores e acumulado perda de 2,65% no período, antes do feriado da próxima segunda-feira, Dia do Presidente;

b) No Brasil, as indústrias esmagadoras dos estados com maior quebra começam a se preocupar com o seu abastecimento e elevaram os preços, que subiram 0,90% no dia e 1,13% no mês, segundo dados do Cepea. Esta disputa por grão, entre indústrias e exportadores, ainda é leve, mas deverá se intensificar no segundo semestre de 2024 e, com isto, elevar os preços, embora não muito.

FATORES DE BAIXA

a) Aumento da área e da produção de soja americana: O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse na quinta, durante seu Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, que a produção no país deve aumentar 8,2% em 2024/25, para 122,62 milhões de toneladas. A agência disse que produtividade média da soja deve crescer 2,8%, de 3,4 para 3,5 toneladas por hectare. Quanto à área plantada, a expectativa é de 35,41 milhões de hectares em 2024/25, aumento de 4,7% ante a temporada anterior;

b) Boas condições na Argentina. Na quinta-feira, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que 81% da safra de soja da Argentina apresentava condição entre normal e excelente na última semana, ante 78% na semana anterior;

c) Avanço da colheita no Brasil, que, segundo a Conab, atingiu 20,9% nesta semana;

d) Ausência de demanda chinesa, durante toda esta semana, pelo feriado de Ano Novo Lunar, que acaba neste sábado, 17/2;

e) Posição dos Fundos de Investimento: Os dados semanais do CoT mostraram que os Fundos de Investimento estavam adicionando posições vendidas em soja-grão durante a semana que terminou em 13/02. As novas vendas compensaram os novos compradores em 4,2 mil contratos em um aumento de Contratos em Aberto (OI) de 13,6 mil contratos. Isso empurrou o saldo líquido do grupo para 134.500 contratos líquidos de venda. Já os hedgers comerciais de soja tiveram sua posição líquida comprada reduzida
em 2,8 mil contratos, para 35.918 contratos durante a semana.

A CFTC informou que os Fundos estenderam suas posições vendidas líquidas em farelo de soja por meio de novas vendas líquidas, agora para 27.592contratos. No óleo de soja, os fundos estavam fechando posições vendidas e adicionando novas posições compradas durante a semana que terminou em 13/02, o que os deixou com 8,8 mil contratos líquidos de venda a menos, com 35.440 contratos.

MERCADO DO DIA 16/02
Soja fechou em alta com recuperação técnica e expectativa para a volta do feriado na China

FECHAMENTOS DO DIA 16/02: O contrato de soja para março24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,86%, ou $ 10,00 cents/bushel a $ 1172,25. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,88 % ou $ 10,25 cents/bushel a $ 1176,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,80 % ou $ 6,1 ton curta a $ 345,6 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -0,86 % ou $ -0,41/libra-peso a $ 45,59.

ANÁLISE DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas a semana em baixa. A alta desta sexta-feira não evitou a nona queda semanal consecutiva para a oleaginosa. A alta do dia veio de um movimento técnico dos Fundos de Investimento, que recompraram posições vendidas antes do feriado prolongado nos EUA e da volta da China do Festival da Primavera. Vendedores esperam uma grande demanda chinesa essa semana, após o país ficar quase 10 dias fora do mercado.

Com isso a soja fechou a semana em queda de -0,95% ou $-11,25 cents/bushel. O farelo de soja acumulou perdas de – 0,35% ou $-1,2 ton-curta. O óleo de soja caiu -3,53% ou $-1,67 libra/peso no período.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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