FECHAMENTOS DO DIA 26/12: O contrato de soja para janeiro24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em alta de 1,04 %, ou $ 13,50 cents/bushel a $ 1313,25. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,85 % ou $ 11,25 cents/bushel a $ 1328,00. O contrato de farelo de soja para janeiro fechou em alta de 0,90 % ou $ 3,8 ton curta a $ 403,2 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -1,28 % ou $ -0,62/libra-peso a $ 47,91.
CAUSAS DA ALTA DE 26/12: A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira. A oleaginosa fechou a terceira sessão em alta, influenciado pelo clima no Brasil. As chuvas esperadas para o feriado de Natal vieram abaixo do previsto para o Centro-Oeste brasileiro. Vários estados da região estão fazendo o replantio das lavouras, assim como estão solicitando para o Ministério da Agricultura o aumento a janela de semeadura, antes do vazio sanitário.
No entanto, como apontamos no boletim anterior, mesmo com os cortes de produção o Brasil deverá plantar um volume próximo da safra anterior e eventuais quebras serão compensadas pela safra cheia argentina.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA-SOJA: CHINA REDUZ ESTIMATIVA DE DEMANDA NESTE ANO EM 9,1 MILHÕES DE TONELADAS COM MENOR USO PARA RAÇÃO: A China reduziu sua demanda por soja para ração animal em 9,1 milhões de toneladas neste ano, estimou o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Em nota, o órgão informou que implementou ações de redução de consumo de farelo de soja para ração, promovendo alimentos com baixo teor de proteína e explorando recursos domésticos na criação de gado e ovinos, disse a pasta.
Nos primeiros 11 meses de 2023, a produção total de rações industriais no país foi de 28,69 milhões de toneladas, segundo o ministério, aumento de 4% em relação ao ano anterior. Já o consumo de farelo de soja pelas empresas de rações diminuiu 4,44 milhões de toneladas ante o mesmo período de 2022, queda de 11%. Segundo a pasta, a estimativa é de que o consumo total de rações na indústria de criação de animais seja de 476 milhões de toneladas em 2023, com redução de 1,5 ponto porcentual na proporção do uso de farelo de soja na alimentação animal, e recuo na demanda por soja de 9,1 milhões de toneladas.
ARGENTINA-Após a desvalorização e o novo dólar de exportação, foram vendidas 2,4 milhões de toneladas de grãos: A comercialização de grãos adquiriu renovado dinamismo com aumentos acentuados nos volumes negociados após a desvalorização e a implementação de um novo Programa de Aumento das Exportações (PIE), que impulsionou vendas de quase 2,4 milhões de toneladas de milho, soja e trigo com preço desde o governo de Javier Milei começou.
Segundo a analista de mercado da consultoria FyO, Mariela Brandolin, desde o início do chamado “dólar de exportação”, que estabelece um esquema de câmbio onde 80% das moedas devem ser liquidadas ao preço oficial do dólar, enquanto o restante 20% % ao câmbio Contados com Liquidação, foram vendidas a preço 538.860 toneladas de soja, 833.240 toneladas de trigo e um milhão de toneladas de milho.
“O fato interessante é que o número de toneladas movimentou-se quase em sintonia com o preço”, disse Brandolin. Assim, sob este novo esquema, o preço da soja subiu para 260 dólares por tonelada no fecho de sexta-feira, enquanto o milho atingiu 150 dólares por tonelada e o trigo para 185 dólares por tonelada, segundo a plataforma oficial SIO. operações de venda de grãos.
No entanto, Brandolin considerou que para além do aumento da comercialização, “estamos longe de um boom de vendas como o que ocorreu com os primeiros programas, e isso faz sentido porque, embora os preços tenham aumentado em consequência da desvalorização e “a diferença tenha diminuído enormemente, há muitos agricultores que preferem manter os grãos como uma salvaguarda de valor.
Fonte: T&F Agroeconômica