Por T&F Agroeconômica

FECHAMENTOS DO DIA 20/02:

O contrato de soja para março24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,58%, ou $ 6,75 cents/bushel a $ 1179,00. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,62 % ou $ 7,25 cents/bushel a $ 1183,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 0,58 % ou $ 2,0 ton curta a $ 347,6 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -0,39 % ou $ -0,18/libra-peso a $ 45,41.

ANÁLISE DA ALTA:

A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira. A oleaginosa engatou a segunda alta consecutiva com a expectativa do retorno da China ao mercado, após o feriado de quase 10 dias na China e do final de semana prologado americano.

As inspeções semanais de embarques para exportação mostraram 1,19 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas nos portos americanos, sendo 55% destinado à China. No entanto as vendas ficaram 11,64% abaixo da semana anterior.

O desempenho do farelo, que subiu cerca de 0,80% após um anúncio de venda avulsa de 228 mil toneladas dos Estados Unidos para as Filipinas, também deu suporte às cotações.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL PODE ANEXAR MAIS 28 MILHÕES DE HECTARES À AGRICULTURA:

Estudo da Embrapa, publicado este mês na revista internacional Land, pelo pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Édson Bolfe, garante que Brasil pode agregar 28 milhões de hectares agrícolas de pastagens degradadas no Brasil com potencial agrícola. Segundo o trabalho, se for considerado apenas o cultivo de cereais, esse valor representaria um aumento de cerca de 35% da área total plantada em relação à safra 2022/23.

Entre os estados que apresentaram as maiores áreas, dentro desses parâmetros, estão Mato Grosso (com potencial para adicionar 5,1 milhões de hectares), Goiás (+4,7 M/ha), Mato Grosso do Sul (+4,3 M/ha), Minas Gerais (+4,0 M/ha) e Pará (+2,1 M/ha).

A análise do potencial de expansão agrícola excluiu áreas consideradas especiais, como terras indígenas, unidades de conservação e assentamentos rurais, além de áreas identificadas pelo Ministério do Meio Ambiente como “alta prioridade” para a conservação da biodiversidade.

Além de identificar e quantificar o potencial de conversão de pastagens degradadas em produção agrícola, o estudo integrou dados sobre a infraestrutura rural existente, como a presença de silos de armazenamento de grãos e acesso a rodovias estaduais e federais num raio de 30 a 160 quilômetros. quilômetros

PROBLEMA 1:

É muito provável que tal iniciativa seja penalizada pela nova regulamentação comercial sobre áreas desmatadas que a União Europeia aplicará a partir de 2025, o que representa um ponto de interrogação nos fluxos comerciais e nas relações diplomáticas entre as duas regiões.

PROBLEMA 2:

Esperamos que este aumento da área agriculturável, quando ocorrer, venha acompanhado de estudos de (1) infraestrutura de armazenagem e escoamento, (2) de demanda interna ou externa e (3) liberação gradual desta área de acordo com (1 e 2), sob pena de degradar os preços, pelo aumento exagerado da produção, a tal ponto que não valha a pena plantar.

BRASIL/CONAB: COLHEITA DE SOJA 2023/24 ATINGE 29,4% DA ÁREA NO BRASIL; MILHO SAFRINHA ESTÁ 45,3% SEMEADO:

A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 atingia 29,4% da área plantada no País no último sábado (17), informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento semanal de progresso de safra.

O avanço é de 6,4 pontos porcentuais na comparação anual e de 8,5 pontos porcentuais em uma semana. Entre os Estados que estão retirando a oleaginosa do campo, Mato Grosso tem os trabalhos de campo mais avançados, com 61,3% da área colhida. Apenas Rio Grande do Sul e Piauí ainda não iniciaram a colheita da safra. O plantio da oleaginosa 2023/24 foi concluído no País.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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