FECHAMENTOS DO DIA 18/03
O contrato de soja para maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,88%, ou $ -10,50 cents/bushel a $ 1187,75. A cotação de julho24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,85 % ou $ -10,25 cents/bushel a $ 1202,25.
O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -0,84 % ou $ -2,8 ton curta a $ 331,9 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em baixa de -1,46 % ou $ -0,72/libra-peso a $ 48,70.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. O avanço da colheita no Brasil estimulou os Fundos de Investimentos, nos EUA, a realizarem parte dos lucros obtidos nas semanas anteriores.
A colheita no Brasil atrai o comprador Chinês, reduzindo a demanda do grão americano. Neste sentido, as inspeções para embarques nos EUA caíram 12,57% no comparativo semanal. Até o momento do ciclo comercial foram embarcadas 35,77 milhões de toneladas, abaixo dos 44,06 milhões do mesmo período da safra anterior.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL/CONAB-COLHEITA DE SOJA 23/24 ATINGE 61,9% DA ÁREA NO PAÍS
A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 atingia ontem (17) 61,9% da área plantada no País, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento semanal de progresso de safra. Há atraso de 0,6 ponto porcentual em relação a igual período do ano passado e avanço de 6,1 pontos porcentuais em uma semana.
Entre os Estados que estão retirando a oleaginosa do campo, Mato Grosso tem os trabalhos de campo mais avançados, com 94,8% da área colhida, seguido por Mato Grosso do Sul, com 85%. O Rio Grande do Sul iniciou a colheita da safra e conta com 1% da área já ceifada. Assim, todos os Estados produtores estão em plena colheita da oleaginosa da safra 2023/24
EUA-EMBARQUES RECUAM 12,57%
Os volumes de soja e de trigo inspecionados em portos dos Estados Unidos diminuíram na semana encerrada em 14 de março, enquanto os de milho aumentaram. Os dados foram publicados nesta segunda-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em seu relatório semanal de inspeção dos embarques de grãos do país.
O volume de soja inspecionado para exportação em portos norte-americanos diminuiu 12,57% na semana, para 686.181 toneladas. Já o volume de milho foi de 1,24 milhão de toneladas, aumento de 6,23% ante a semana anterior. O volume inspecionado de trigo, por sua vez, caiu 35,26%, para 302.302 toneladas.
FUNDOS PARAM DE APOSTAR NA QUEDA DA SOJA E DO MILHO
Na última terça-feira – conforme publicado nesta sexta pela Commodity Futures Trading Commission – as posições líquidas dos gestores de fundos em futuros e opções de milho foram significativamente reduzidas. Eles também reduziram a soja.
Isto implica que, na média das expectativas, os gestores de fundos agrícolas acreditam que o pior já passou e que, a partir de agora, não poderão ser esperados fatores de baixa tanto para os cereais como para as oleaginosas.
Em relação à soja, os estoques domésticos de grão nos EUA estão baixos em termos históricos e há dúvidas significativas sobre o número final da safra brasileira de soja que está sendo colhida atualmente.
Já na Argentina, onde a colheita terá início nas próximas semanas, os níveis de vendas antecipadas da soja 2023/24 estão muito baixos porque as condições cambiais continuam desfavoráveis aos produtores.
Contudo, o maior desafio é apresentado pelo milho sul-americano. No caso do Brasil, as previsões climáticas indicam que no próximo trimestre são esperadas chuvas abaixo do normal nas principais regiões produtoras de milho tardio. Este é o período, justamente, que coincide com a fase de formação da produção de cereais.
Fonte: T&F Agroeconômica