FECHAMENTOS DO DIA 09/05
O contrato de soja para maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,65%, ou $ -20,00 cents/bushel a $ 1192,75. A cotação de julho24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,57 % ou $ -19,25 cents/bushel a $ 1208,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -1,48 % ou $ -5,6 ton curta a $ 372,9 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -2,63 % ou $ -1,15/libra-peso a $ 42,64.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. As chuvas recentes no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que melhoraram a umidade do solo para o restante do plantio e o desenvolvimento da safra, também pesaram sobre as cotações. De acordo com o Monitor da Seca dos EUA, 11% da área destinada à soja no país apresentava algum nível de estiagem na última semana, ante 17% na semana anterior.
Com essa melhora hídrica, o mercado espera que o USDA aponte no seu relatório mensal de oferta e demanda um aumento na produção e dos estoques finais em relação à safra anterior, dados baixistas no médio longo prazo.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL/RS PODE MUDAR OS NÚMEROS FINAIS, MAS SÓ NO PRÓXIMO MÊS
A consultoria AgResource revisou para baixo sua previsão para a safra de soja 2023/24 no Brasil, que deve colher agora 144,59 milhões de toneladas – a previsão de abril apontava 145,46 milhões de toneladas. Segundo a consultoria, em nota, a colheita menor do que a prevista é consequência dos problemas climáticos enfrentados no Rio Grande do Sul, onde a oleaginosa ainda está sendo retirada dos campos.
Segundo boletim divulgado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado gaúcho havia colhido, até domingo, 75% da área plantada. A AgResource calculou a perda da produção no Rio Grande do Sul em 1,78 milhão de toneladas.
“Os impactos na produção não serão em razão exclusivamente da produção, e sim devido às centenas de bloqueios nas estradas do Estado ao longo de dias e provavelmente semanas”, observa a consultoria, em relatório. “Os impactos (das chuvas no Estado) ainda são imensuráveis”, complementa.
A AgResource disse ainda que pode ser que a Conab aumente a área projetada com a oleaginosa na atual safra, no relatório de maio em relação a abril. “Mas o Rio Grande do Sul pode ser o grande balizador dos números finais.
BRASIL/ABIOVE AUMENTOU A PRODUÇÃO
Já, segundo a ABIOVE, a produção brasileira de soja em grão na safra 2023/24 deve alcançar 153,9 milhões/t, segundo atualização das estatísticas mensais do complexo brasileiro da soja, até março de 2024, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), divulgada hoje. A estimativa corresponde a um aumento de 100 mil t em comparação com o levantamento anterior.
CHINA: IMPORTAÇÃO DE SOJA AVANÇA 18% EM ABRIL, A 8,57 MILHÕES DE TONELADAS
A China importou 8,57 milhões de toneladas de soja em abril de 2024, o que representa alta de cerca de 18% ante igual período de 2023, quando somou 7,26 milhões de toneladas compradas, de acordo com dados preliminares publicados hoje pela Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês).
Em termos de valores, as importações de soja totalizaram US$ 4,38 bilhões no mês. No acumulado do ano, as importações somaram 27,145 milhões de toneladas, recuo de 2,9% em comparação com o volume do ano anterior, de 27,946 milhões de toneladas.
EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS DENTRO DO ESPERADO
Dados de vendas externas dos EUA vieram dentro da expectativa do mercado. Segundo o USDA, exportadores venderam 428,9 mil toneladas de soja da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 2 de maio.
O volume representa alta de 4% ante a semana anterior e de 21% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para o ano comercial 2024/25, foram vendidas 4,6 mil toneladas. A China comprou apenas 18 mil toneladas do volume total, de 433,5 mil toneladas. Analistas esperavam vendas totais entre 250 mil e 700 mil toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica
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