Por: T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 11/01: O contrato de soja para março24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em estável a $ 1236,50. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,07 % ou $ 0,50 cents/bushel a $ 1248,00. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -0,58 % ou $ -2,1 ton curta a $ 362,2 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 0,97 % ou $ 0,47/libra-peso a $ 48,72.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em leve alta nesta quinta-feira. Traders ajustaram suas posições antes do relatório de oferta e demanda que será divulgado na manhã desta sexta-feira. As compras de oportunidade, esperando alguma movimentação elástica com os dados do USDA, deram sustentação mínima para as cotações fecharem perto da estabilidade, visto que as notícias do dia foram negativas. A fraca demanda pelo grão americano, com embarques abaixo da expectativa do mercado e a perspectiva de aumento da safra argentina pela Bolsa de Comércio de Rosário, que elevou em 2 milhões de toneladas sua projeção para a safra 2023/24 no país, limitaram qualquer possibilidade de alta robusta nesta quinta-feira.
INDICAÇÕES TÉCNICAS IMPORTANTES
BRASIL-MAIS UMA ESTIMATIVA DE CONSULTORIA: 143,18 MI DE T (-7,4%): A consultoria Pátria Agronegócio cortou sua estimativa para a safra brasileira de soja de 150,69 milhões de toneladas previstas em 30 de novembro para 143,18 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, é 7,4% inferior ao colhido na temporada passada, e 21,5 milhões de toneladas menor que o potencial produtivo do País, de 164,67 milhões de toneladas.
“É a segunda maior quebra de safra de soja do País, ficando atrás apenas da temporada 2021/22”, disse o sócio-diretor da Pátria, Matheus Pereira. Os números foram apresentados por Pereira nos bastidores da reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja e da Câmara do Milho para mensurar a quebra da safra. O levantamento foi realizado a pedido da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil). (AE)
O levantamento da TF Agroeconômica entre as consultorias encontrou uma diferença entre 130,0 MT e 158 MT, mostrando que a safra brasileira de soja de 23/24 ainda é uma grande confusão.
ÓLEO DE SOJA/USDA: CANCELAMENTOS SUPERAM VENDAS EM 1,5 MIL TONELADAS DA SAFRA 2023/24 NA SEMANA: Exportadores dos Estados Unidos relataram que os cancelamentos superaram as vendas em 1,5 mil toneladas de óleo de soja da safra 2023/24, na semana encerrada em 4 de janeiro, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA).
O volume representa recuo expressivo ante a semana anterior e diante da média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/25 não foram reportadas vendas ou cancelamentos. O saldo total ficou dentro das estimativas de analistas, que esperavam de cancelamentos de até 5 mil toneladas a vendas de até 10 mil toneladas. Os embarques na semana foram de 600 toneladas, alta de 5% frente à semana anterior e de 62% em relação à média das quatro semanas prévias. O principal destino foi o Canadá (500 t) e o México (100 t).
PLANTIO ARGENTINA: O plantio de soja da safra 2023/24 na Argentina alcançou 92,9% da área projetada, de 17,3 milhões de hectares, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires nesta quinta-feira, em relatório semanal. Na semana, o avanço foi de 7,1 pontos porcentuais. Na comparação com igual período do ano passado, os trabalhos estão 4,8 pontos porcentuais adiantados.
Segundo a bolsa, 51% da safra apresentava condição boa ou excelente, ante 42% na semana anterior. A parcela em condição normal caiu de 56% para 46%. Já a parcela em condição regular ou ruim passou de 2% para 3%.
Fonte: T&F Agroeconômica