FECHAMENTOS DO DIA 05/04
O contrato de soja para maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de – 0,19%, ou $ -2,25 cents/bushel a $ 1180,00. A cotação de julho24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,25 % ou $ -3,00 cents/bushel a $ 1192,25. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 1,06 % ou $ 3,5 ton curta a $ 333,5 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em baixa de -1,43 % ou $ -0,70/libra-peso a $ 48,15.
ANÁLISE DO MIX
A soja negociada em Chicago fechou de forma mista nesta quinta-feira. As cotações mais próximas fecharam em leve baixa, após dados de vendas externas dos EUA que vieram abaixo da expectativa do mercado.
O USDA informou que exportadores venderam 194,2 mil toneladas de soja da safra 2023/24. O volume representa queda de 26% ante a semana anterior e de 54% em relação à média das quatro semanas anteriores. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas, de 250 mil toneladas.
O avanço da colheita no Brasil e na Argentina e a preferência da China por grãos sul-americanos no momento continuaram pesando sobre os contratos. As cotações mais longas fecharam em leve alta, visto que as áreas destinadas ao plantio da soja estão com 22% apresentando algum grau de seca, cima dos 21% da semana passada e dos 20% do ano anterior.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
FARELO E CLIMA PODEM LIMITAR AS ALTAS DE SOJA
Ofertas de farelo mais agressivas da América do Sul podem começar a afastar as exportações dos EUA. No clima, a previsão de 1 a 5 dias para o Centro-Oeste dos EUA mostra chuvas leves esperadas em muitas áreas, mas no final da próxima semana o padrão é mais ativo, especialmente para o cinturão oriental do milho.
A perspectiva 8-14 Centro-Oeste tem precipitação abaixo do normal e temperaturas acima
do normal, ideal para plantio antecipado. Embora a ação técnica de curto prazo seja ligeiramente positiva, uma janela climática aberta após a próxima semana pode resultar em alguma baixa inicial que pode limitar as recuperações do mercado.
BRASIL-PIB DA CADEIA DE SOJA E DO BIODIESEL CRESCE 21,03% EM 2023 PARA R$ 635,9 BILHÕES
O Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia de soja e do biodiesel avançou 21,03% em 2023 ante 2022, para R$ 635,9 bilhões, representando, ainda, 23,2% do PIB do agronegócio e 5,9% do PIB brasileiro. As informações foram divulgadas hoje pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), no relatório “Cadeia da soja e do biodiesel – PIB, empregos e comércio exterior”.
Segundo o documento, o salto no indicador ocorreu em função da supersafra de soja no campo e da maior produção dos derivados, como farelo e óleo. O documento ressalta que a expansão também teve reflexos positivos no mercado de trabalho, que avançou 10,74% no segmento, com destaque para os agrosserviços e a agroindústria de biodiesel.
“Também houve reflexos da expansão produtiva no comércio exterior, sendo que as exportações alcançaram novo recorde”, diz o estudo, acrescentando que o salto ocorreu pelo maior volume embarcado, já que em valor o preço da soja em grão, do óleo de soja, do biodiesel, do glicerol e da proteína de soja foi menor no ano passado.
POPULAÇÃO OCUPADA
Sobre a população ocupada na cadeia da soja e do biodiesel em 2023, o número alcançou 2,32 milhões de pessoas, ou 10,74% acima do ano anterior, um recorde no mercado de trabalho nesta cadeia produtiva.
O destaque na geração de empregos foi a cadeia do biodiesel, com alta de 18,45% no número de pessoas ocupadas em 2023 ante 2022. “Também houve aumento do emprego nos segmentos de insumos (6,15%) e de agrosserviços (17,04%), refletindo os excelentes resultados das produções dentro da porteira e agroindustrial, que estimulam os segmentos a montante e a jusante na cadeia produtiva.”
EXPORTAÇÕES
Quanto às exportações, o valor alcançado em 2023 dentro da cadeia produtiva da soja e do biodiesel foi de US$ 67,6 bilhões, valor 10,24% acima de 2022, dizem Abiove e o Cepea. Tal aumento decorre da alta de 24,59% em volume exportado, já que houve queda de 11,52% em valor pago por tonelada exportada.
PRINCIPAIS COMPRADORES
O relatório aponta ainda que a China predominou nas compras do complexo soja brasileiro, além de ter aumentado 21,86% suas aquisições em 2023. América do Norte, por sua vez, comprou 143,41% mais do Brasil; Leste Asiático, +2,24%, e Sudeste Asiático, +1,23%. Segundo a Abiove/Cepea, esses países e regiões representaram 72,39% das exportações da cadeia produtiva brasileira no ano passado.
DENTRO DA PORTEIRA
Já dentro da porteira, considerando-se somente a produção da soja, houve um crescimento
de 39,2% no PIB do grão em 2023. “O resultado decorreu da supersafra da oleaginosa, estimada em 154,61 milhões de toneladas pela Conab”, cita o relatório. Entretanto, em função dos menores preços pagos pelo grão no ano passado, a renda real no segmento caiu 7,61%. “Entre 2022 e 2023, o preço do grão se reduziu 22,2% após apresentar quedas sucessivas sobretudo ao longo do primeiro semestre do ano”, observa o relatório.
PIB DE INSUMOS
Já o PIB do segmento de insumos cresceu 6,24% entre 2022 e 2023. O relatório destaca, ainda, o crescimento do PIB do biodiesel, que foi de 20,35% ante 2022, avanço decorrente do aumento da mistura do biocombustível ao diesel de 10% para 12%.
Fonte: T&F Agroeconômica