O mercado brasileiro de milho teve uma semana de preços firmes. O ritmo de negócios foi calmo, com o feriado desta quinta-feira reduzindo o interesse e a participação dos agentes em grande parte das praças de comercialização. Mesmo com a evolução da colheita da safrinha, as cotações mantiveram-se sustentadas pela paridade de exportação, com boa demanda para as vendas externas.
Recentes altas na Bolsa de Chicago, com a apreensão com o clima para a safra americana, garantem sustentação às cotações nos portos no Brasil. A paridade de exportação segue como principal balizador no mercado neste momento. As próximas semanas serão marcadas por volatilidade, como tradicionalmente acontece durante o “mercado de clima”, como indica o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Os consumidores domésticos precisam concorrer com as tradings enquanto o milho brasileiro é bastante demandado para exportação.
Por outro lado, o clima seco segue favorecendo o bom andamento da colheita da safrinha. E a colheita tende a apresentar boa evolução no curto prazo, em linha com as condições climáticas secas em grande parte do Centro-Sul do país. Isso limita avanços nas cotações.
No balanço da semana, a cotação em Campínas/CIF subiu de R$ 40,00 para R$ 41,00 a saca de 60 quilos na base de venda. Já na mogiana paulista, o preço avançou de R$ 38,50 para R$ 39,00. Em Minas Gerais, em Uberlândia, o valor se manteve em R$ 35,00 a saca.
Em Cascavel, no Paraná, o preço avançou no comparativo semanal de R$ 33,00 para R$ 34,00 a saca na venda. Já no Rio Grande do Sul, o preço seguiu em Erechim em R$ 40,00 a saca.
Em Rio Verde, Goiás, a cotação na venda para o milho subiu de R$ 32,00 para R$ 32,50 a saca. E em Rondonópolis, Mato Grosso, o preço seguiu em R$ 28,50 a saca na venda.
EXPORTAÇÕES
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 30,4 milhões em junho (10 dias úteis), com média diária de US$ 3 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 173,2 mil toneladas, com média de 17,3 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 175,50. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Lessandro Carvalho / Agência SAFRAS