O mercado concentrou-se principalmente na safra dos EUA, que apresenta algumas dificuldades desde o seu início e esta semana o mercado novamente incorporou perspectivas adversas para a produção.

Em primeiro lugar, o panorama climático não oferece melhoras nas condições. Previsões de baixa pluviosidade e altas temperaturas forneceram suporte para os preços. Neste contexto, no início da semana, o USDA relatou uma ligeira deterioração no estado da cultura, contrariando o mercado que esperava uma ligeira melhora. Os lotes que se qualificam como bons e excelentes caíram para 53%, quando o mercado esperava que fossem 55%. Desta forma, o potencial produtivo transmitiu alguma preocupação ao mercado, apoiando os preços.



Por outro lado, um novo relatório do USDA trouxe dados altistas que reforçou a tendência do mercado. Os novos números mostraram um ajuste na estimativa de colheita maior do que os analistas acreditavam. O volume de produção seria 104,6 milhões, quando os analistas privados estimam a média de 105,6 milhões de toneladas.

Por sua vez, significa uma queda de 8,3 milhões de tons em comparação com a estimativa mensal anterior. De acordo com os dados fornecidos pela Agência, o corte justifica-se por um ajuste tanto na área quanto no rendimento.

Em contraposição, o mercado encontrou limites para o aumento de novos dados da China. O volume de importação do gigante asiático para junho ficou em 6,5 milhões de tons, representando uma queda significativa. A média dos últimos 3 anos para esse mês, equivale a 8 milhões de tons Assim, a disputa comercial com os EUA e o avanço da febre Africana sobre os suínos, afeta o ritmo de compras do maior importador de soja do mundo.

Fatores positivos

  • *problemas climáticos continuam afetando a produção de soja nos EUA,
  • *dados altistas do relatório do USDA divulgado nesta semana,
  • *mesmo em queda, os preços da soja ainda proporcionam lucro ao redor de 16% para o sojicultor brasileiro, depois de pagas todas as despesas (custos totais) e de 49% se considerados apenas os custos operacionais.

Fatores negativos

  • *Redução da demanda chinesa, com o recuo de 18,75% no volume de importações  desta semana, que assou da média de 8,0MT para 6,5MT,
  • *queda dos prêmios no Brasil a cada alta da cotação da soja em Chicago,
  • *queda de 2,11% na cotação do dólar desta semana no Brasil.

Fonte: T&F Agroeconômica

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