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Mercado: Milho encerrou a semana em alta

FATORES DE ALTA

a) melhora da demanda pelo grão norte-americano. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram venda de 125 mil toneladas de milho do ano comercial 2023/24 para destinos não revelados. Na quinta, já tinha sido relatada uma venda de 100 mil toneladas para o México.

Além disso, em relatório semanal ontem, o USDA disse que exportadores venderam 1,28 milhão de toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 7 de março. O volume ficou mais próximo do teto das estimativas de analistas, que iam de 800 mil a 1,4 milhão de toneladas;

b) Preocupações com a safra da Argentina também deram algum suporte aos preços. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que a parcela da safra em condição entre normal e excelente caiu para 83% na última semana, de 87% na semana anterior. Já a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 13% para 17%.

A bolsa destacou também que produtores têm relatado um aumento da presença da cigarrinha-do-milho em lavouras semeadas mais tarde, com danos significativos em áreas que anteriormente não eram afetadas pela praga;

c) No Brasil, as médias calculadas diariamente pelo Cepea subiram 1,51% no mês, 0,48%na semana, mas recuaram 0,11% no dia, puxadas pelo consumo interno. A redução geral na produção do país de 14,5%, estimada pela CONAB em seu último relatório e, especificamente, as reduções de 11,6% no Paraná e 6,9% em Santa Catarina, estados que são importadores de milho de outros estados e até do exterior, devem fazer pressão altista sobre os preços, principalmente no segundo semestre deste ano.

FATORES DE BAIXA

a) Estoques mundiais: Embora o USDA tenha reduzido de 322,06 MT para 319,61 MT os estoques globais da safra 23.24, eles ainda são 18,01 milhões de toneladas maiores do que os da safra anterior, aumentando a oferta mundial e fazendo pressão sobre os preços;

b) Pressão de venda do Mar Negro: A China, que havia interrompido a compra de milho da Ucrânia, um dos seus grandes fornecedores, voltou a comprar neste país, limitando as suas compras nos EUA e no Brasil e, com isto, pressionando as cotações.

Milho fechou em alta com vendas externas e clima nas Américas

FECHAMENTOS DO DIA 15/03

A cotação de maio24, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,69 % ou $ 3,00 cents/bushel a $ 436,75. A cotação para julho24, fechou em alta de 0,62 % ou $ 2,75 cents/bushel a $ 449,00.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou o dia em alta, mas em baixa no acumulado da semana. Vendas particulares nos últimos dias deram o impulso para o cereal nesta sexta-feira.

Além disso, preocupações com as condições secas no Meio-Oeste americano, antes do começo do plantio, estão acendendo um sinal de alerta para os Traders americanos. A safra na América do Sul, com perda de qualidade na Argentina e as ondas de calor no Brasil também deram suporte a cotação.

No entanto, a recuperação desta sexta não compensou a realização de lucros por parte dos investidores no meio da semana, fazendo cereal fechar o período em baixa acumulada de -0,68% ou $-3,00 cents/bushel.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
3TENTOS INVESTIRÁ R$ 1 BILHÃO EM INDÚSTRIA DE ETANOL DE MILHO E DDG EM MATO GROSSO

A 3tentos prevê uma nova indústria de etanol de milho e DDG (ração animal) em Porto Alegre do Norte (MT), na qual investirá R$ 1 bilhão. “Existe uma junção entre potencial produtivo, perfil profissionalizado de pecuaristas, que investem cada vez mais em tecnologia e logística de escoamento favorável, com a BR 158”, disse Dumoncel.

O início das operações da indústria de etanol de milho está previsto para 2026, com uma capacidade diária de processamento de 2.100 toneladas de milho. A estimativa de produção é de 935 m³/dia de etanol e 587 toneladas/dia de DDG.

Junto com a indústria a empresa investirá também em lojas de insumos e armazéns para recebimento de grãos. Os empreendimentos devem gerar 500 empregos diretos. A previsão é de que 3 mil pessoas sejam empregadas durante a construção da usina.

LOGÍSTICA: SE CHINA DESVIAR ESCOAMENTO PELO PERU, QUAL SERÁ O IMPACTO NOS PORTOS BRASILEIROS?

O Brasil pretende exportar soja, milho e outros produtos pelo porto de Chancay, no Peru, segundo a agência estatal Andina. A ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, expressou o interesse em visita ao terminal portuário no começo desta semana, disse a agência citando informações do Ministro da Economia e Finanças peruano, José Arista.

Segundo ele, Tebet afirmou que iria conversar diretamente com o presidente brasileiro sobre as possibilidades de exportação de produtos brasileiros por este porto. Tebet lembrou que Chancay é o maior investimento chinês na América do Sul e ponderou que ele reduzirá em até 10 dias o tempo de viagem para Ásia, de acordo com nota do Ministério de Planejamento e Orçamento.

“Exportações e importações vão ficar mais baratas, aumentando a competitividade dos nossos produtos e reduzindo os preços para a população”, disse a ministra. O terminal está sendo construído pela empresa chinesa Cosco Shipping Ports, que detém uma participação de 60% no porto, enquanto a Volcan, do Peru, tem 40%, segundo informações do ministério brasileiro. Em nota, a pasta disse que o investimento é de cerca de US$ 3,6 bilhões (R$ 17,8 bilhões) e que a primeira fase do projeto deve ficar pronta no fim de 2024.

PERDAS DOS PORTOS BRASILEIROS

A TF Agroeconômica fez um estudo sobre o impacto do desvio de exportações de grãos dos portos do Atlântico para o porto peruano de Chancay e chegou à conclusão de que haverá uma perda de aproximadamente US$ 2,52 bilhões/ano entre fretes internos e tarifas portuárias, sem que isto traga necessariamente, ganhos aos produtores brasileiros.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Após semana positiva, vencimentos sofrem ajuste e traders realizam lucro nesta sexta

Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações negativas nesta sexta-feira (14). Os ganhos acumulados durante a semana deram espaço para realização de lucro de traders, que devolveram entre 0,11% a 3,6% nos vencimentos entre março/24 e janeiro/25. Segue, contudo, a preocupação sobre a onda de calor que atinge principalmente os estados do sul, mas que afeta também todo o centro-sul e que deve se estender até o final do verão, no dia 20, próxima quarta.

OS FECHAMENTOS DO DIA 15/03

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento de março/24 foi de R$ 63,14 apresentando alta de R$ 0,11 no dia, baixa de R$ -0,03 na semana; maio/24 fechou a R$ 60,81, baixa de R$ -2,30 no dia, alta de R$ 0,11 na semana; o vencimento julho/24 fechou a R$ 60,62, baixa de R$ -2,10 no dia e alta de R$ 1,10 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



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Equipe Mais Soja
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