AS CAUSAS DA QUEDA DE ONTEM: Reversão de lotes da exportação, produtor querendo vender milho e guardar soja e clima excelente para o milho safrinha. Tudo isso acaba jogando a referência de mercado para as mínimas de mais de 4 semanas.
Além disso, queda do dólar e a falta de demanda de exportação, com as Tradings totalmente ausentes do mercado spot e só olhando Safrinha, além da maior disponibilidade da colheita da safra de verão, que teve quebras fortes no Sul, mas foram abundantes no Centro-Oeste provocou novas quedas da cotação do milho no mercado futuro de São Paulo.
OS FECHAMENTOS DO DIA: Com isto, todas as cotações do dia fecharam novamente em forte queda: o vencimento maio/22 foi cotado à R$ 86,41, queda de R$ 3,48/saca no dia e de R$ 13,02 na semana; julho/22 fechou a R$ 86,27, queda de R$ 2,61 no dia e de R$ 10,36 na semana; setembro/22 fechou a por R$ 85,09, com queda de R$ 2,30 no dia e R$ 10,53 na semana e o novembro/22 fechou a R$ 87,77 com perda de R$ 1,93 no dia e de R$ 10,22 na semana.
CHICAGO: Milho aprofunda a queda, puxado pela baixa do petróleo
FECHAMENTOS: A cotação do milho para maio22 fechou em queda de 2,74% ou 20,50 cents/bushel a $ 728,0. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou em queda de 2,77% ou $ 20,25 cents/bushel a $ 710,25.
CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: O mercado de milho foi principalmente afetado pela queda no trigo e fraqueza nos mercados de petróleo e energia. Há especulações sobre a possível normalização dos embarques da Ucrânia, diante dos anúncios de uma retirada parcial das tropas russas.
CONDIÇÕES DA SAFRA AMERICANA: Os dados de evolução da safra estadual divulgados após o fechamento mostraram o início do plantio de milho em Kansas, com 1% da área prevista plantada a partir de 27/03. Isso correspondeu à média. No Texas, o plantio de milho foi 51% concluído, 5 ppts acima da média. Milho foi 32% plantado a partir de 27/03 no TX. O plantio em Louisiana foi visto como 51% concluído, 5% em Mississipi e 2% concluído em Arkansas.
TURQUIA: A Turquia reservou 300 mil toneladas de milho de origem opcional por meio de uma licitação internacional.
EXPORTAÇÕES DA UCRÂNIA VIA TREM: O APK-Inform informou que cargas de trem transportando vários milhares de toneladas de milho foram enviadas da Ucrânia para a Europa na semana passada. As exportações portuárias continuam bloqueadas.
MILHO ARGENTINO: Com queda nos prêmios e em Chicago, milho argentino chegaria a R$ 100 no Brasil: Com o recuo das cotações das cotações em Chicago (- 2,74%), nos prêmios (-10 cents/bushel) e do dólar no Brasil (-0,31%), os preços do milho argentino chegariam aos portos brasileiros ao redor de R$ 100,60/saca. Para safra nova, abril o preço recuou US$ 12/t para US$ 302, que corresponderia a aproximadamente US$ 353 CIF portos brasileiros do Sul ou R$ 100,58/saca, mais frete até o interior; cotação de Maio também recuou US$ 27/t para US$ 302/t; Junho recuou US$ 19/t para US$ 299 e Julho recuou US$ 11/t para US$ 299/t.
Já os embarques Panamax recuaram US$ 11/t para maio para US$ 318; para junho recuaram US$ 7/t para US$ 311 e, para julho, recuaram também US$ 7/t para US$ 303/t, segundo relatórios recebidos de corretores de Buenos Aires
PETRÓLEO: Os membros da Opep+ podem concordar em aumentar a produção de petróleo bruto para maio, citando a guerra Rússia/Ucrânia e os altos preços. Apesar disso, há rumores de que o aumento da produção será apenas modesto. O petróleo bruto está fora da mínima do dia, que estava novamente abaixo da marca de US$ 100/barril, mas ainda está abaixo de US$ 3,25
Fonte: T&F Agroeconômica