FATORES DE ALTA

a) preocupações com o clima nos EUA, apesar de previsões de chuva para o Meio-Oeste nos próximos dias. De acordo com o Monitor da Seca dos EUA, 24% da área normalmente destinada ao milho tinha algum nível de estiagem na última semana, ante 23% na semana anterior e 29% na data correspondente do ano passado. Com o plantio em andamento, chuvas são necessárias para que o ritmo dos trabalhos não diminua;

b) exportações menores do Brasil abriram espaço para as exportações americanas;

c) redução da safra argentina de milho: A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a produção de milho na Argentina de 54 milhões para 52 milhões de toneladas. Segundo a bolsa, o ajuste foi motivado por um aumento da incidência da cigarrinha-do-milho em várias regiões de cultivo.

A colheita de milho estava 11,1% concluída na última semana, informou a bolsa em relatório. Na semana, o avanço foi de 5,4 pontos porcentuais. A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente caiu para 68%, de 75% na semana anterior. Já a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 25% para 32%.

FATORES DE BAIXA

a) vendas externas dos EUA dentro do esperado. O USDA disse que exportadores venderam 948 mil toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 28 de março. O volume representa recuo de 21% ante a semana anterior e em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/25, foram vendidas 11,4 mil toneladas. Analistas esperavam vendas totais entre 800 mil e 1,4 milhão de toneladas;

b) menores exportações brasileiras – o Brasil exportou 431,308 mil toneladas de milho em março, 67,7% a menos que 1,335 milhão de toneladas em igual mês do ano passado. Na comparação com fevereiro, quando o Brasil exportou 1,723 milhão de toneladas, houve decréscimo de 75%. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;

FECHAMENTOS DO DIA 05/04

A cotação de maio24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,23 % ou $ -1,00 cents/bushel a $ 434,25. A cotação para julho24, fechou em baixa de -0,17 % ou $ -0,75 cents/bushel a $ 446,75.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fecho o dia e a semana em queda. As cotações do cereal oscilaram, negativas para o curto prazo e positivas para o longo prazo, no entanto o saldo do dia foi praticamente estável. Já o acumulado da semana, o milho fechou em baixa consolidada, não conseguindo romper a linha de resistência. O clima nos EUA e América Latina foi um fator importante ao longo da semana para a oscilação dos preços, assim como a cotação do petróleo, que subiu muito ao longo do período. Com isso o milho fechou a semana em baixa de -1,75% ou $7,75 cents/bushel.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Semana encerra negativa para milho; pressão internacional ainda é grande sobre cotações na B3

Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações negativas nesta sexta-feira (05). Ao que tudo indica, as pressões internacionais de grandes produções e estoques de milho ditaram o tom das negociações na maior parte da semana na B3, que somado a isto, se depara com um mercado físico lento, em que produtores se retraem diante de preços considerados baixos diante dos custos de produção.

Na esteira dos acontecimentos, pairam os dados de vendas semanais divulgados na quinta (04) pelo USDA, em que houve decréscimo de 21% em relação à semana anterior – 948 mil toneladas. Também no Brasil, conforme comentamos aqui, as exportações apresentaram ritmo lento, onde março encerrou com 32,3% menos milho do que o mesmo período do ano passado.

OS FECHAMENTOS DO DIA 05/04

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento de maio/24 foi de R$ 58,98 apresentando baixa de R$ 0,41 no dia, baixa de R$ 0,56 na semana; julho/24 fechou a R$ 59,71, baixa de R$ 0,04 no dia, alta de R$ 0,13 na semana; o vencimento setembro/24 fechou a R$ 61,15, baixa de R$ 0,03 no dia e alta de R$ 0,13 na semana. Veja os demais resultados,

Fonte: T&F Agroeconômica



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