ANÁLISE SEMANAL DA TENDÊNCIA DOS PREÇOS

Embora lentamente, a tendência dos preços do milho a médio e longo prazos é de alta. É sabido por todos que há uma tendência latente de maior demanda de milho brasileiro para exportação. A Europa precisa de aproximadamente 6-10 milhões de toneladas a mais para suas importações e a China, de outras 10 milhões de toneladas.

As Tradings até que estão tentando comprar no interior, mas a originação está difícil. Tão logo os preços sobem aos níveis pedidos pelos vendedores, eles elevam suas pedidas, pulando de 5 em 5 reais/saca para mais. Mas, nem sempre as cotações e Chicago ou do dólar ajudam. As fortes oscilações da economia e da geopolítica mundial impõe outras tantas fortes oscilações às cotações tanto da moeda americana, quanto das cotações do milho na CBOT.

E, a cada queda nas cotações destes dois pregões – como aconteceu hoje – as chances de melhora nos preços finais que as Tradings podem oferecer aos agricultores brasileiros, diminui.

Com isto, permanece intacta a grande disponibilidade de produto nacional, à disposição, tanto das indústrias locais, quanto das Tradings, de maneira que não há motivos para nem umas, nem outras elevarem os preços. Será preciso um forte incremento da demanda, melhorando os prêmios de exportação, para modificar esta situação. Este incremento poderá vir da China, tão logo os documentos enviados tardiamente no final de setembro pelo MAPA para apreciação do governo chinês, sejam finalmente aprovados. Temos que esperar.

MILHO fecha em leve queda por avanço na colheita; demanda deu sustentação

FECHAMENTOS DO DIA 21/10: A cotação de dezembro fechou em queda de 0,07% ou $ 0,50/bushel, a $ 683,50. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 0,07% ou $ 0,50 bushel a $ 689,50.

CAUSAS DA LEVE QUEDA: Dinamismo na demanda disponível, deu sustentação aos preços evitando novas quedas. O avanço da colheita em bom ritmo nos EUA funciona como o principal fator de fragilidade do mercado.

IGC REDUZIU PRODUÇÃO GLOBAL: O Conselho Internacional de Grãos reduziu a produção global estimada de milho em 2 MMT para 1,166 bilhão em sua última atualização. Isso ocorreu por meio de cortes na UE e nos EUA compensados em parte por um aumento para a China. O consumo foi reduzido em 3 para uma previsão de estoques finais líquidos de 258 MMT.

EUA VENDEM MENOS MILHO PARA EXPORTAÇÃO: Os dados de vendas semanais do USDA tiveram 408 mil toneladas de milho reservadas para exportação durante a semana encerrada em 13/10. Essa foi a faixa intermediária das estimativas como uma alta de 3 semanas. Os compromissos acumulados situam-se em 13,8 MMT, em comparação com 28,89 MMT no mesmo período do ano passado.

FRANÇA-PLANTIO ADIANTADO: O milho francês foi colhido 92% de acordo com o FranceAgriMer, que é de 83% na semana passada e compara com apenas 30% na temporada passada.

B3-FECHAMENTO DO MILHO: Cotações recuam mais 0,36%, com grande queda do dólar

CAUSAS DA OSCILAÇÃO DO DIA 21/10: A nova forte queda de 1,33% do dólar nesta sexta-feira, somada à pequena queda de 0,07% das cotações do milho em Chicago, voltaram a tirar dos exportadores brasileiros o suporte necessário para oferecer bons preços aos agricultores. Estes, por sua vez, tinham subido as suas pedidas diante dos aumentos que os preços oferecidos pelos compradores vinham tendo até o início da semana. Como resultado, as vendas de farm selling sofreram travamento quase total e a disponibilidade interna continua elevada, não exigindo dos compradores domésticos elevação de preço para disputar matéria-prima.

OS FECHAMENTOS DO DIA 21/10: Diante disto, as cotações futuras fecharam em queda no dia e no comparativo semanal: o vencimento novembro/22 fechou a R$ 86,25, queda de R$ 0,31 no dia e de R$ 0,83 na semana (últimos 5 pregões); janeiro/22 fechou a R$ 91,11, queda de R$ 0,36 no dia e de R$ 1,41 na semana e março/23 fechou a R$ 94,36, queda de R$ 0,43 no dia e de R$ 1,24 na semana. Veja os demais resultados, na tabela de fechamento ao lado.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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