FECHAMENTOS: A cotação do milho para setembro, que é o novo mês base, fechou em queda de 1,16% ou $ 7,75 cents/bushel a $ 658,0. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 1,02% ou $ 6,75 cents ou a $ 656,0.
CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Tomada de lucros após 6 sessões de alta consecutivas, atingindo níveis máximos de 6 semanas. O clima não seria muito favorável em algumas regiões produtivas dos EUA e há preocupação do lado da oferta. As expectativas de rendimento em áreas de Iowa permanecem abaixo do ano anterior.
POR QUE A CHINA AINDA NÃO ENGATOU AS COMPRAS DE MILHO DO BRASIL?
As margens estão muito ruins e a capacidade ociosa está crescendo. A indústria de amidos, vitaminas e aminoácidos, adoçantes e etanol está com margens muito negativas. A economia não está andando e as vendas estão muito baixas. O consumo de milho já chegou a 85 milhões de toneladas em anos bons. Consumidores de aminoácidos essenciais aqui no Brasil já estão sentindo a alta dos preços. Essa indústria pode ser afetada pelo racionamento de energia e redução da capacidade de produção. Se a lisina voltar a subir como no ano passado, o farelo pode ganhar um gás.
FARSUL: PRODUTOR DO RIO GRANDE DO SUL VÊ SEGUNDO RECUO SEGUIDO NO CUSTO MENSAL DE PRODUÇÃO
O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) medido pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) fechou julho com queda de 2,03%, representando o segundo mês consecutivo no campo negativo.
Segundo a entidade, em nota, o principal fator foi a queda do custo dos fertilizantes, mais uma vez. “Foi o principal responsável pela retração, influenciando em todas as culturas observadas”, afirmou a Farsul. O IICP acumulado em 12 meses aponta para uma inflação de 31,63%, sendo que a alta vem sobre uma base já inflacionada de 2021. No acumulado no ano, o IICP atingiu inflação de 6,87%. “O IICP apresenta elevação bem acima do IPCA, o que significa que, apesar de um momento de inflação geral de preços no Brasil, os custos aumentam acima dos preços gerais da economia.”
O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) também recuou em julho, a 1,17% em relação ao mês imediatamente anterior. “As quedas dos preços dos sacos de soja e milho foram os principais motivos para a baixa do indicador”, disse a Farsul. No acumulado nos últimos 12 meses, o IIPR registrou alta de 15,44%. “Apesar de ser um resultado positivo para a receita dos produtores, os custos de produção vêm crescendo em velocidade mais acelerada que os preços, estreitando as margens de lucro da atividade”, pontuou a entidade.
NOVO FORMATO DE RELATÓRIO DAS EXPORTAÇÕES SEMANAIS EUA: O sistema de relatórios FAS do USDA foi revisado para o novo formato. Com a troca, os números históricos semanais da semana encerrada em 18/08 tiveram 320 mil MT de milho da safra antiga vendidas e 155 mil MT de nova safra. Isso deixou as reservas antecipadas em 8.954 MMT para o próximo ano. O USDA teve 313,8 MMT de embarques de milho na semana, elevando o total acumulado para 58 MMT.
PROFARMER IOWA E ILLINOIS: A excursão agrícola do Pro Farmer mudou-se para o oeste de IA e IL na quarta-feira, mas os resultados do IA estão incompletos e serão divulgados ainda hoje. A média do Tour para Illinois foi de 190,71 bp, uma queda de 2,8% em relação ao ano anterior (2,7% acima da média de 3 anos) em contagens de espigas mais altas, mas menos grãos por espiga do que no ano passado.
CANADÁ: As estimativas de pré-negociação estão procurando nenhuma mudança ano/ano na produção de milho canadense antes do relatório StatsCan.
FECHAMENTO DO MILHO NA B3 DE SÃO PAULO: Com exportação sem deslanchar, cotações recuam
CAUSAS DA OSCILAÇÃO DE HOJE: Com as exportações sem deslanchar, como explicamos acima, porque as margens da industrialização de milho na China estão ruins, o milho no Brasil continua sofrendo a pressão da safra maior. Os compradores do Sul continuam se abastecendo mais no Centro-Oeste e no Paraguai do que nos mercados locais, fazendo os preços recuarem ou se manterem abaixo das pretensões dos vendedores.
OS FECHAMENTOS DO DIA: Com isto, as cotações futuras fecharam misto: o vencimento setembro/22 fechou a R$ 84,84, queda de R$ 0,38 no dia e de R$ 0,96 na semana (últimos 5 pregões); já novembro/22 fechou a R$ 88,03, queda de R$ 0,11 no dia e de R$ 1,56 na semana e janeiro/23 fechou a R$ 91,99, alta de R$ 0,34 no dia e queda de R$ 0,99 na semana. Veja os demais resultados, na tabela de fechamento acima.
Fonte: T&F Agroeconômica