Sem as cotações da Bolsa de Chicago, pelo feriado de Martin Luther King, apresentamos aos nossos leitores a opinião dos analistas do Banco Itaú sobre o mercado de milho:

MILHO: ESPAÇO PARA QUEDA NA CBOT É LIMITADO; NO BRASIL, SAFRINHA PODE PRESSIONAR COTAÇÃO

ESPAÇO LIMITADO PARA QUEDAS EM CHICAGO: O Itaú BBA vê “espaço limitado” para quedas dos contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT, na sigla em inglês), mesmo com a prevista diminuição da demanda global. “Diante de uma perspectiva de um balanço global de oferta e demanda ainda apertado, de olho no La Niña na América do Sul, das consequências da seca na Europa e da abrupta revisão para baixo da produção na Ucrânia e de suas condições de exportação”, apontou o banco em relatório mensal sobre as commodities.

SECA NA ARGENTINA E SUL DO BRASIL: O Itaú BBA lembra que as cotações do grão ganharam força em Chicago desde o mês de dezembro, influenciadas principalmente pela seca que afetou as lavouras do cereal na Argentina e no Sul do Brasil. O mercado também foi impulsionado pelos ataques russos à rede de energia da Ucrânia, o que diminuiu o ritmo de embarque de grãos.

MENOR DEMANDA MUNDIAL: O banco pondera, contudo, que uma das principais preocupações do mercado é o menor consumo de milho na safra 2022/23, lembrando que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) diminuiu em 2,6% a expectativa de demanda pelo grão em relação ao ciclo anterior em seu último relatório. “Olhando especificamente o mercado norte-americano, a redução é ainda maior quando se observa as estimativas para as exportações na safra 2022/23, que estão em torno de 52,7 milhões de toneladas, 24,5% inferiores aos números do ciclo anterior. Dados de utilização de milho para a produção de etanol no país também têm desapontado o mercado”, observou o BBA.

NO BRASIL AINDA PODEM RECUAR: Já no Brasil, a instituição financeira considera que os preços do grão ainda podem recuar e apresentar “desconto” em relação às cotações internacionais no curtíssimo prazo em meio a eventuais vendas da safrinha 2021/22, que podem ser feitas pelos produtores antes da entrada da safra de soja para liberar armazéns. “Por outro lado, novos cortes nas perspectivas de produção na Argentina e no Rio Grande do Sul poderão reverter esse cenário. Além disso, no médio/longo prazo também há uma possibilidade de queda das cotações no país, descolando dos fundamentos, pelas últimas estimativas indicarem a safrinha 2022/23 como a maior da história”, prevê o banco.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL

Milho com fechamentos mistos sem a referência de Chicago

OS FECHAMENTOS DO DIA 16/01: Com isto, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento janeiro/23 fechou a R$ 86,71 queda de R$ 0,29 no dia; março/23 fechou a R$ 92,54, alta de R$ 0,31 no dia e maio/23 fechou a R$ 92,11, alta de R$ 0,25 no dia.

 

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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