AS CAUSAS: Os fundamentos, que permanecem ditando o ritmo dos negócios no milho, nesta quarta-feira, podem ser resumidos em dois: tensão entre Rússia e Ucrânia e dólar. De um lado, obviamente, pode-se dizer que a tensão entre os dois países deve elevar o preço das commodities, à medida que cresce a preocupação com uma instabilidade mundial. De outro, com a queda do câmbio, o milho pode desvalorizar-se, com o efeito da menor paridade para exportação da commodity.

OS FECHAMENTOS: No fechamento de mercado, um tom de leve alta para os principais vencimentos, que fecharam o dia de negociações conforme segue: o vencimento março/22 foi cotado à R$ 98,07 com estabilidade, o maio/22 valeu R$ 96,57 com alta de 0,29%, o julho/22 foi negociado por R$ 91,10 com ganho de 0,33% e o setembro/22 teve valor de R$ 90,85 com elevação de 0,39%.

CHICAGO: Milho em novamente em alta, por redução na oferta e conflito na Ucrânia

FECHAMENTOS: A cotação do milho para março22 fechou em forte alta de 1,04% ou 7,0 cents/bushel a $ 681,75. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 1,13% ou $ 7,50 cents/bushel a $ 672,75.

CAUSAS: Os preços continuam sustentados por um contexto de incerteza quanto ao desempenho produtivo na América do Sul e ao cenário do comércio mundial, onde os embarques da Ucrânia podem ser interrompidos.

ARGENTINA: BCBA manteve sua previsão de 51 MT para a produção de milho 21/22 da Argentina, embora citou uma possível revisão para baixo, já que a seca deve persistir.

EUROPA: A Comissão Europeia informou que as importações de milho neste ano comercial atingiram 10,6 MT até 20/02. As importações de milho da UE caíram 200 mil toneladas em relação ao ritmo da temporada passada.

TAIWAN: Taiwan está no mercado de milho de origem opcional, tendo lançado uma licitação de 65 mil MT para safra antiga.

CHINA: A China é o país que saiu na frente na construção de uma ampla rede de construção e infra para carros elétricos. Warren Buffet viu isso há mais de 11 anos, quando se tornou sócio da BYD, marca líder de carros elétricos na China. O que o milho tem a ver com isso? Menos etanol. A China quer restringir o consumo de milho para etanol, dando preferência para o mercado de rações. Pelo que temos visto, nos últimos meses os planejadores querem limitar em 20 milhões as importações de milho, contra 29,5 milhões na temporada passada. Ao fazer isso, a China também limita o uso de trigo para rações.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.