FECHAMENTOS DO DIA 20/03: A cotação de maio fechou em baixa de -0,20% ou $ -1,25/bushel a $ 633,00. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -0,36% ou $ -2,25 bushel a $ 615,50.
CAUSAS DA QUEDA: Depois de fechar em alta na sexta-feira e superar quatro semanas consecutivas de queda, as cotações do milho encerraram o pregão dessa segunda em Chicago com leves quedas para as cotações mais próximas, resultado da realização de lucros por parte dos investidores, da fraqueza do petróleo em um cenário de crise financeira no mercado e a renovação no sábado do acordo para as exportações agrícolas da Ucrânia.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 20/03
EXPORTAÇÕES DO USDA: O USDA informou que 1.189 MMT de milho foram inspecionados para exportação durante a semana encerrada em 16/03. Isso foi acima de 1,015 MMT na semana anterior, mas caiu 308k MT em relação à mesma semana do ano passado. A exportação da temporada atingiu 17.523 MMT em 16/03, ainda abaixo do ritmo do ano passado. O USDA também relatou 94,5 mil toneladas de exportações de milo, elevando o total da temporada para 914 mil toneladas.
MILHO/EUA: INCIDÊNCIA DA DOENÇA TAR SPOT NAS GRANDES PLANÍCIES GERA PREOCUPAÇÃO: Incidências da doença conhecida como tar spot (mancha de alcatrão) foram verificadas em lavouras de milho nos Estados de Kansas, Nebraska e Dakota do Sul na última temporada de cultivo, disse a Universidade Estadual do Kansas em estudo publicado no início deste mês. A doença fúngica cria lesões escuras nas folhas de milho e, por fim, mata a planta. Relatos indicam que esses são os primeiros casos da doença nas Grandes Planícies dos Estados Unidos, o que pode se tornar um problema cada vez maior para as lavouras de milho do país. “Estima-se que (a doença) tenha causado perdas de US$ 3 bilhões aos agricultores nos EUA de 2018 a 2021 e tenha potencial para se tornar mais destrutiva nos Estados que agora estão registrando casos”, disse em nota Daniel Flynn, do Price Futures Group. Fonte: Dow Jones Newswires.
PRODUÇÃO NO BRASIL: No Brasil, a AgRural indicou que, com a janela ideal de plantio já fechada, 91% da área prevista foi coberta com milho safrinha, contra 81% na semana anterior e 97% na mesma época em 2022. “Com os atrasos concentrados nos estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. A expectativa é que os produtores continuem plantando na segunda quinzena de março, mas devem ocorrer reduções de área em algumas regiões. Além disso, safras posteriores podem ser plantadas com menor aproveitamento de tecnologia”, disse o consultor.
SAFRA UCRANIANA: O Ministério da Agricultura da Ucrânia estimou hoje que a produção de milho em 2023 ficaria em torno de 21,70 milhões de toneladas, abaixo dos 25,60 milhões coletados em 2022. Acrescentou que seriam plantados 3,6 milhões de hectares com o cereal, o que representa uma queda de 451.000 hectares em relação ao ano anterior.
SAFRA ARGENTINA: A BCBA reduziu sua estimativa de produção de milho em mais 1,5 MMT, ajustando a sua estimativa da safra argentina 22/23 para 36 MMT.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho fechou, novamente, em queda, sem a concorrência da exportação.
CAUSAS DA OSCILAÇÃO: Com nenhum negócio novo conhecido da China com o Brasil e com o dólar (-0,52%) e Chicago (-0,20%) recuando, sem dar suporte a novas elevações de preço pelas Tradings, o mercado brasileiro ficou novamente entregue apenas às indústrias locais, que, no máximo, estão mantendo os preços, sem aumentá-los, como querem os vendedores.
OS FECHAMENTOS DO DIA 20/03: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento maio/23 fechou a R$ 85,86, baixa de R$ -0,52 no dia e baixa de R$ -2,01 na semana; julho/23 fechou a R$ 86,35, baixa de R$ -0,38 no dia e baixa de R$ -0,09 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 85,47, baixa de R$ -0,18 no dia e baixa de R$ -0,09 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica