FECHAMENTOS DO DIA 13/01: A cotação de março fechou em forte alta de 0,60% ou $ 4,0/bushel a $ 675,0. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em alta de 0,34% ou $ 2,25/ bushel a $ 663,75.

CAUSAS DA ALTA: Os futuros do milho em Chicago apresentaram cotações firmes, em um contexto de oferta apertada nos EUA. Contrariando as expectativas, produção divulgada pelo USDA, estoques finais e estoques físicos ficaram abaixo do descontado pelo mercado. As preocupações com o clima na Argentina e o aumento do petróleo aumentaram o ímpeto.

FUNDOS APOSTAM NA QUEDA DO MILHO: Os dados da CFTC de 10 de janeiro tiveram um forte movimento de baixa dos fundos. Ao longo da semana, os Fundos fecharam 31,7 mil posições líquidas de compra e adicionaram 15 mil posições líquidas de venda para um total líquido comprado mais fraco em 46,8 mil de um total de 149.605 contratos. Os comerciais moveram-se em uma direção de alta durante a semana, com 29,5 mil novos hedges longos e 16,8 mil menos hedges curtos no fechamento de 1/10. Isso deixou o grupo com 372.866 contratos líquidos a descoberto.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 13/01:

ÁREA DE SOJA EUA: As estimativas de produção de NASS foram para uma safra de 13.730 bbu (373,66 MT), uma redução de 1,6 milhão de acres (3,95 Mha) parcialmente compensada por um aumento de rendimento de 0,2 bpa. A área colhida está agora em 79,2 milhões com rendimento de 173,3 bpa (11.649,9 kg/hectare). O balanço doméstico ajustado reduziu as exportações em mais 150 mbu (3,81 MT após um corte de 75 mbu no relatório de dezembro) – para agora em 1,925 bilhão (48,89 MT). As demais categorias de uso registraram queda de 35 mbu, para um corte de estoques finais de 15 mbu para 1,242 bilhão (31,54 MT).

ESTOQUES TRIMESTRAIS EUA: A contagem trimestral dos estoques de grãos da NASS mostrou 10.809 bbu (274,55 MT) de milho disponível em 1º de dezembro. Isso estava no fundo da faixa de estimativas pré-relatório, refletindo principalmente a produção perdida. A demanda para o primeiro trimestre foi estimada em 4.298 bbu (109,17 MT), em comparação com 4.667 bbu (118,54 MT) na temporada passada. Globalmente, os estoques finais foram mostrados como 296,42 MMT para a temporada 22/23.

UCRÂNIA-COLHEITA: A colheita de milho na Ucrânia atingiu 85% da área plantada (ou 8,9 milhões de acres) com 23,5 MMT transportados.

IGC REDUZ PRODUÇÃO GLOBAL: O Conselho Internacional de Grãos estimou a produção global de milho em 1.161b MT em sua figura de janeiro. Isso caiu 5 MMT, principalmente por meio de cortes na Argentina e na UE, parcialmente compensados por aumentos na China e na Ucrânia. Seu consumo foi reduzido em 2 MMT para uma queda líquida de estoque de 3 MMT de dezembro (-27 MMT ano/ano) para 254 MMT.

SANTA CATARINA TERÁ REDUÇÃO NA PRODUÇÃO DE MILHO DE VERÃO: O relatório mensal da EPAGRI registra que a produção total no estado para milho da primeira safra foi inicialmente estimada em 2,7 milhões de toneladas. Neste relatório de janeiro de 2023, a Epagri/Cepa fez uma correção na área cultivada e na produtividade, o que resultou na redução da estimativa da produção total. Os fatores climáticos já influem nessa redução da estimativa, rebaixada para 2,64 milhões de toneladas. As condições climáticas desfavoráveis na região oeste, em especial nos municípios do Vale do rio Uruguai e extremo oeste do estado, registraram chuvas abaixo da média para o período de dezembro em partes das regiões de São Miguel do Oeste e Concórdia, fato que já se reflete na produtividade inicialmente estimada. A colheita nestas regiões já teve início na primeira quinzena de janeiro de 2023, com registro de produtividades de 3.600 kg/ha a 7.000 kg/ha em algumas áreas (redução de 15% a 20% na produção inicialmente estimada). Em outras regiões, as produtividades foram corrigidas para cima, em função de chuvas mais regulares, caso das regiões do planalto norte e Campos de Lages. A Epagri/Cepa atualiza mensalmente as estimativas do rendimento das culturas em função da ocorrência de fatores climáticos. O mês de janeiro é decisivo para a consolidação da produção prevista de milho em várias regiões. A precipitação e a temperatura são os componentes que mais pesam na determinação da produção final nas fases de floração e enchimento de grãos. (EPAGRI).

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL

Milho voltou a fechar na quarta queda consecutiva

CAUSAS DA OSCILAÇÃO: Com a fraquíssima demanda para exportação, os compradores do mercado interno se sentem mais confortáveis e começam a oferecer preços um pouco maiores do que os do mercado externo, para levar toda a disponibilidade existente no país. Sua preocupação está concentrada nos problemas de seca do RS e de SC, onde as safras deverão ser menores e a demanda é maior. Especificamente na B3, as quedas estão dentro do impulso de baixa iniciado no começo da semana, seguindo os Fundos em Chicago, que apostam na queda das cotações.

OS FECHAMENTOS DO DIA 13/01: Com isto, as cotações futuras fecharam em queda no dia, mas alta no comparativo semanal, com exceção do primeiro mês: o vencimento janeiro/23 fechou a R$ 87,00, queda de R$ 0,50 no dia e de R$ 1,11 na semana (últimos 5 pregões); março/23 fechou a R$ 92,23, queda de R$ 0,28 no dia e alta de R$ 0,65 na semana e maio/23 fechou a R$ 91,86, queda de R$ 0,07 no dia e alta de R$ 1,17 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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