FECHAMENTOS DO DIA 27/01: A cotação de março fechou em nova forte alta de 0,15% ou $ 0,50/bushel a $ 683,50. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em queda de 0,34% ou $ 2,25 bushel a $ 668,0.
CAUSAS DA ESTABILIDADE: Os futuros do milho fecharam perto da estabilidade nesta sextafeira, com ganhos de apenas $ 0,50cents/bushel, refletindo perdas da safra no Rio Grande do Sul. A pequena alta foi contrabalanceada com o avanço do dólar, que tende a aumentar as exportações brasileiras e pela informação do USDA de Pequin de que a China deve importar um volume significativo de milho do Brasil em 2023, tendo em vista os preços atuais do milho americano, a guerra da Ucrânia e o acordo Brasil-China.
FUNDOS APOSTAM NA ALTA DO MILHO: O relatório semanal da CFTC registrou que os Fundos compraram 12,9 mil contratos de milho e venderam 3,3 mil a descoberto. Isso moveu sua posição comprada líquida para acima de 200 mil contratos pela primeira vez desde 8/11. Os hedgers comerciais de milho apresentaram 395.931 contratos líquidos de venda a descoberto em 24/01. O resultado foi a redução de 5.000 contratos líquidos de venda durante a semana devido aos hedges fechados.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 27/01
EUA-PREÇOS DOS SUBPRODUTOS: USDA viu os preços médios do etanol da semana como 1 a 7 centavos mais fracos de $ 1,97 para $ 2,20/gal regionalmente. Os DDGS foram relatados de US$ 220/t em Ohio para US$ 315/t no NE durante a semana – o que ficou dentro de US$ 20 da semana passada, mas principalmente US$ 5-$ 15/t abaixo. O mercado à vista de óleo de milho viu cotações variando de 66 a 70 centavos/lb regionalmente, com lances principalmente 1-2 centavos mais fracos semana/semana.
BRASIL/PARANÁ: Analistas do Deral do Brasil tiveram o estado do Paraná trazendo 3,7 MMT de milho primeira safra e 15,4 MMT de milho segunda safra. Ambos estão maiores que sua estimativa anterior, apesar da seca local.
ARGENTINA: O BCBA reportou classificações de condição de milho para a Argentina em 12% bom/excelente, de 5%, e 39% ruim, melhorou de 47% na semana passada pelas chuvas recentes.
EUA-EXPORTAÇÃO SEMANAL: As vendas de exportação de milho na semana encerrada em 19/01 foram de 910.400 MT. Isso foi uma queda de 20% em relação à semana passada, mas estava dentro da faixa de estimativas. Os embarques de exportação de milho foram relatados em 912,6 mil MT na semana, deixando a exportação acumulada em 12,012 MMT da temporada. O total de compromissos de milho foi de 946,36 mbu até 19/01 – ou 50% da previsão do ano inteiro do USDA. A China detém 28% dos compromissos da temporada em comparação com seus 28% dos compromissos do ano passado, que foram 71% do Jan WASDE (70% da final).
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho fechou na sua décima-segunda queda consecutiva, com apatia da exportação e alívio da indústria
CAUSAS DA OSCILAÇÃO: Como dissemos abaixo, até há boas notícias para o milho brasileiro de exportação, mas a médio e longo prazos. A curtoprazo as cotações não deslancham, porque os níveis de preço não atingem o desejo dos vendedores no interior.
Com isto, as indústrias locais se sentem confortáveis e sem pressão da demanda, que eventualmente impulsionaria os preços.
OS FECHAMENTOS DO DIA 27/01: Com isto, as cotações futuras aprofundaram ainda mais a queda no dia e no comparativo semanal: o vencimento março/23 fechou a R$ 87,80 queda de R$ 1,03 no dia e de R$ 2,61 na semana; maio/23 fechou a R$ 88,12, queda de R$ 0,96 no dia e de R$ 1,29 na semana; o vencimento de julho foi de R$ 85,73 queda de R$ 0,84 no dia e de R$ 1,07 na semana.