FECHAMENTOS DO DIA 06/06: A cotação para julho23, início da nossa safra de inverno, fechou em alta de 1,76% ou $ 10,50 cents/bushel a $ 608,00. A cotação de dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,74% ou $ 4,00 cents/bushel a $ 5 41,00.
CAUSAS DA ALTA: O milho em Chicago fechou em alta nesse terça-feira. O cereal devolveu parte das perdas do dia anterior após a piora nas condições das lavouras. O USDA informou na segunda-feira, após do fechamento da sessão, que 64% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, ante 69% da semana anterior e 73% do ano anterior. Essa piora de 5% refletiu nas cotações que voltaram a subir. A alta não foi maior devido o inicio da colheita no Brasil e da possibilidade de alguma chuvas em regiões mais secas do Meio-Oeste americano.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 06/06
DICA-MILHO: ARMAZENAR O GRÃO para vender futuramente gerou resultado negativo em 16 das últimas 22 safras: Para o milho da segunda safra, a estratégia de armazenamento da cultura deu resultado pior do que para a soja. “Nas últimas 22 safras, o produtor que optou por armazenar o milho durante todas essas safras conseguiu um lucro em apenas seis dessas, enquanto teve prejuízos em 16”, disse a consultoria. A Céleres indicou ainda que o custo de carregamento médio do milho é maior do que o da soja, devido aos custos fixos de cada grão. Os resultados do levantamento mostram que até o fim do período de comercialização o milho precisaria ter valorização de 45% para que fosse viável o armazenamento. Segundo a Céleres, na média das safras em que essa estratégia mostrou benefícios o milho se valorizou 85% no fim do período. “Percebe-se, portanto, que são períodos bem atípicos, em que há grandes benefícios para segurar os grãos, assim como foi na safra 19/20.” Conforme a Céleres, por ora a probabilidade de um cenário com alta valorização de milho é baixa. Em relação à taxa de juros, é esperada redução nos próximos meses se confirmado um cenário de inflação controlada. “Entretanto, mesmo com a redução da taxa de juros e uma redução no custo de carregamento, o que se mostra provável é que durante essa safra a estratégia de armazenar os grãos não ofereça ao produtor brasileiro benefícios econômicos.” Para a comercialização da safra de inverno, a relação entre a curva futura de preços do milho e custo de carregamento no segundo semestre de 2023 indica que a melhor decisão é a não retenção do cereal, “mesmo com a queda recente de preços no mercado interno”.
ESTIMATIVAS PRÉ-WASDE: As estimativas do relatório WASDE (próxima sexta-feira) para o milho de safra velha variam de um corte de 25 mbu (635 mil t) a um aumento de 133 mbu (3,38MT). A estimativa comercial média é ver um aumento de 35 mbu (889 milt) para 1,452 bbu (368,81 MT). Espera-se que os estoques globais de safras antigas permaneçam dentro de 3 MMT da estimativa de 297,4 MMT de maio.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho fecha em levíssima alta, por tomada de lucros, ala de Chicago ajudou.
CAUSAS DA OSCILAÇÃO: Depois de duas sessões de baixa, com desvalorização de 3,25%, uma excelente rentabilidade, os investidores tomaram lucros, que é de sua natureza. A alga de 1,76% do milho em Chicago suplantou a queda de 0,37% do dólar, dando condições a que alguns negócios de exportação ocorressem, em sintonia com os movimentos do mercado externo nos últimos dias.
OS FECHAMENTOS DO DIA 06/06: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento julho/23 fechou a R$ 52,96, alta de R$ 0,05 no dia e baixa de R$ -2,62 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 57,11, alta de R$ 0,08 no dia e baixa de R$ -1,67 na semana; novembro/23 fechou a R$ 59,76, alta de R$ 0,14 no dia e baixa de R$ -1,19 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica