FECHAMENTOS DO DIA 21/08: A cotação para setembro23, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -2,14 % ou $ -10,25 cents/bushel a $ 469,25. A cotação de dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -2,13 % ou $ -10,5 cents/bushel a $ 482,50.
CAUSAS DA BAIXA: Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, pressionados pela concorrência do Brasil no mercado de exportação. Investidores também aguardam dados da expedição de safra da Pro Farmer, que percorre vários Estados do Meio-Oeste dos Estados Unidos nesta semana. “Tudo parece muito bom no Estado de Ohio pelo que vi inicialmente nesta manhã”, disse em nota o editor da Pro Farmer, Brian Grete, que lidera a parte leste da expedição. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse nesta segunda que exportadores relataram venda de 111,77 mil toneladas de milho para o México, com entrega no ano comercial 2023/24. Em relatório separado, a agência informou que 482.526 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos dos EUA na semana até 17 de agosto, alta de 5,12% ante a semana anterior. (AE)
NOTÍCIAS IMPORTANTES:
BRASIL-SAFRINHA MAIOR: O avanço na colheita brasileira, por outro lado, pode limitar avanços maiores do grão. A colheita da segunda safra 2023 de milho atingiu 77% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, na quintafeira passada (17), avanço de 6 pontos porcentuais em comparação com 71% uma semana antes e 89% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural. Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou de 127,77 milhões para 129,96 milhões de toneladas sua estimativa para a produção total de milho 2022/23 no Brasil. Para a segunda safra, a projeção foi aumentada de 98,04 milhões para 100,18 milhões de toneladas. O País é o principal concorrente dos EUA no mercado de milho.
EUA-SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE MILHO: O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, uma leve piora na qualidade do milho no comparativo semanal. Subiu para 15% o milho em condições pobre ou muito pobre, ante os 13%da semana anterior e 18% do ano anterior. Caiu para 27% em condições razoáveis, ante 28% da semana anterior e 27% do ano anterior. O milho em boas ou excelentes condições caiu para 58%, ante os 59% da semana anterior e 57% do ano anterior. O milho adquirindo massa está em 78%, ante 65% da semana passada, 76% do ano anterior e acima dos 77% da média histórica. O milho enchendo grão está em 35%, ante 18% da semana passada, 29% do ano anterior e 33% da média histórica. O USDA ainda informou que 4% das lavouras estão em fase de maturação em linha com os últimos 5 anos.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Após abrir sessão em alta, futuros de milho recuam nesta segunda-feira, de olho na Bolsa de Chicago.
CAUSAS DA BAIXA: Os vencimentos de milho esboçaram alguma reação na abertura do mercado nesta segunda-feira; porém, não o suficiente para vencer a influência da Bolsa de Chicago, onde a queda chegou a cerca de 10,25 pontos para o dezembro/23. Por aqui, as quedas somente não foram maiores em vista de notícias ligadas à exportação: segundo a Secretaria de Comercio Exterior (Secex), houve um avanço de 15% em relação ao mesmo período de agosto/22, onde nestas primeiras três semanas foram registrados 5.224 milhões de toneladas embarcadas. Para analistas, a expectativa é que sejam embarcadas pelo menos 7,4 milhões de toneladas.
OS FECHAMENTOS DO DIA 21/08: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento setembro/23 fechou a R$ 53,50, baixa de R$ -0,83 no dia e alta de R$ 0,41 na semana; o vencimento de novembro/23 foi de R$ 56,96, baixa de R$ -0,83 no dia, baixa de R$ -0,45 na semana; janeiro/23 fechou a R$ 60,82, baixa de R$ -0,80 no dia, baixa de R$ -0,32 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica