FECHAMENTOS DO DIA 11/04: A cotação de maio fechou em baixa de -0,46% ou $ -3,00/bushel a $ 651,00. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -0,44% ou $ -2,75 bushel a $ 627,75.
CAUSAS DA BAIXA: O milho fechou a sessão dessa terça-feira em queda após o relatório WASDE do USDA não apresentar mudanças no estoque americano do cereal. A redução para os estoques mundiais foi abaixo do esperado pelo mercado, passando de 296,5 milhões para 295,3 milhões de toneladas. O clima favorável para o plantio de milho nos EUA também pressionou a cotação. A semeadura já está em 3% do total previsto e acima da média das últimas 4 campanhas. A queda só não foi maior visto a valorização do Real frente ao Dólar, o que deixa a nossa capacidade de exportação menos competitiva.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 11/04
BRASIL-EXPORTAÇÃO DE MILHO: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) não mudou sua expectativa de embarques ao exterior em abril: as estimativas ainda são de 207,1 mil toneladas de milho, abaixo das 780,8 mil toneladas de milho enviadas ao exterior em março. Se confirmada a projeção da Anec para abril, espera-se que os embarques sejam menores que os de abril de 2022, em 734.949 toneladas. Na semana de 2 a 8 de abril, foram exportadas 133.000 toneladas de milho. Para a semana de 9 a 15 de abril, a Anec projeta embarques de apenas 7.000 toneladas de milho.
BRASIL-USDA EM BRASÍLIA ESTIMA PRODUÇÃO DE 133 MT PARA A PRÓXIMA SAFRA DE 2023/24: A Representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília publicou sua estimativa inicial para a produção brasileira de milho em 2023/24, de 133 milhões de toneladas. O volume representa aumento de 6,4% ante a estimativa para 2022/23, de 125 milhões de toneladas e 116 MT em 21/22. “A produção brasileira de milho continua superando as expectativas, com mais uma safra recorde. Com a alta demanda por milho tanto no mercado interno quanto no internacional, os agricultores continuam otimistas (…), o que deve resultar em aumento da área plantada na próxima safra”, disse o USDA em relatório. A expectativa para a área plantada em 2023/24 é de 22,8 milhões de hectares, aumento de 1,3% ante o ciclo atual. Quanto à produtividade, a estimativa é de 5,83 toneladas por hectare, ante 5,55 toneladas por hectare em 2022/23. A estimativa para as exportações brasileiras de milho em 2023/24 é de 54 milhões de toneladas, ante 50 milhões de toneladas em 2022/23.
DEMANDA INTERNANCIONAL: Taiwan está licitando 65 mil toneladas de milho para ração. A Argélia lançou uma licitação internacional para 70 mil toneladas de milho, provenientes do Brasil ou da Argentina.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho mantém tendência de queda nesta terça
CAUSAS DA OSCILAÇÃO: O movimento continuou sendo especulativo: com dólar em queda e Chicago em queda, além dos prêmios do milho nos portos brasileiros que continuam em queda, não há como melhorar os preços, nem de exportação, nem do mercado interno, porque a falta de escoamento para o exterior faz sobrar muita mercadoria no mercado interno, trazendo alívio para os compradores que podem se dar ao luxo de oferecer preços cada vez menores pelo milho disponível. É o que estamos assistindo nos principais estados consumidores do Sul do País e em São Paulo.
OS FECHAMENTOS DO DIA 11/04: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento maio/23 fechou a R$ 76,24, baixa de R$ -2,41 no dia e baixa de R$ -3,69 na semana; julho/23 fechou a R$ 76,27, baixa de R$ -3,36 no dia e baixa de R$ -3,68 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 76,76, baixa de R$ -2,79 no dia e baixa de R$ -2,99 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica