O gráfico abaixo, obtido da Reuters, mostra que o preço FOB do milho brasileiro está mais competitivo do que o americano, além de ter uma (muito) melhor qualidade também (mais duro).

A mesma vantagem pode ser constatada em nossa secção de prêmios abaixo, onde o prêmio no Brasil gira ao redor de + 40/+42, enquanto o americano gira entre +53/+65. Os outros dois componentes do preço de exportação também estão ajudando significativamente: Chicago tem subido (14,5 cents/bushel nesta sexta-feira) em virtude dos problemas climáticos que ocorrem no Meio-Oeste americano e o dólar no Brasil também teve elevação importante de 2,06% nesta semana.

Tudo isto culminou com preços ao redor de R$ 32,00 – R$ 34,00 no interior e entre R$ 41,00 – R$ 38,00 nos portos, dentro das pedidas dos vendedores. Estima-se que, ao todo, o Brasil tenha negociado algo ao redor de 800 mil toneladas de milho nesta semana.

Veja no gráfico abaixo a diferença de preços entre o milho brasileiro com o americano, nesta sexta-feira:

 Safra de milho do Brasil aproxima-se de recorde

A colheita total de milho do Brasil 2018/19 foi estimada nesta sexta-feira em 97,5 milhões de toneladas, de acordo com a média de uma pesquisa da Reuters com 11 especialistas, o que deixaria a produção ligeiramente abaixo do recorde de 97,8 milhões visto há dois anos pelo governo do país.

Segundo dados de consultorias e instituições, como a própria estatal Conab, a produção crescerá após uma área plantada recorde na segunda safra, cuja colheita já iniciada em Estados como Mato Grosso e Paraná aponta boas produtividades nos primeiros lotes, com o benefício de um clima favorável para o desenvolvimento das lavouras.

Uma produção de milho 21% maior ante 2017/18, após uma seca no ano passado que derrubou a safra brasileira para 80,7 milhões de toneladas, deve ajudar o Brasil, líder na exportação de carnes de frango e bovina, a abastecer suas criações. Além disso, permitiria embarques recordes de cereal estimados em mais de 30 milhões de toneladas.

Um pequeno porém para a produção de milho do Brasil é a possibilidade de geadas para a segunda safra, que foi estimada pelos especialistas ouvidos pela Reuters em um recorde de 70,37 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 2 milhões de toneladas ante a pesquisa anterior, realizada ao final de abril.

O analista sênior do Rabobank Brasil, Victor Ikeda, acrescentou que o único fator que poderia impactar negativamente a safra de milho no Brasil seriam geadas no Sul, mas elas estão não farão nenhum efeito neste momento, segundo o técnico do Deral-PR.

“Porém os cultivos do Paraná, por exemplo, já estão em fase final de desenvolvimento, em que os impactos negativos sobre a produtividade seriam mais limitados”, destacou Ikeda, ao comentar que em fases próximas da colheita o milho é menos suscetível a perdas pelo frio extremo. “Acredito que praticamente não deve haver viés para baixo na produção estimada para 2019 no milho segunda safra…”, comentou ele, citando que esteve em Mato Grosso no início de mês, quando o Estado ainda foi beneficiado por chuvas, o que não é típico para esta época.

“A colheita já começou em algumas regiões e os primeiros talhões apresentam produtividades bem superiores àquelas verificadas em 2016/17, quando a safra de milho inverno também já havia surpreendido”, destacou o analista Aedson Pereira, da IEG-FNP, citando fatores como adoção de sementes mais produtivas, melhor manejo de fertilizantes e, sobretudo, um calendário muito favorável ao plantio, além do tempo favorável. (Reuters)

Fonte: T&F Consultoria Agroeconômica


 

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