Durante a semana, ocorreram precipitações no Estado com intensidade e volumes variados, trazendo a diminuição das temperaturas e o registro de geada em algumas regiões. A fase predominante da cultura é a colheita, que já chega a 83%.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, 84% das lavouras já foram colhidas. Das demais áreas, 2% estão em desenvolvimento vegetativo, 5% em floração, 8% em enchimento de grãos e 1% está em maturação. Estas lavouras que somam 16% da área total correspondem às áreas de milho safrinha. Apesar do baixo percentual de perdas de produtividade das lavouras do milho-safra, esse percentual aumenta quando se incluem as lavouras de safrinha que sofreram com a estiagem, pois elas apresentaram redução do crescimento, da área foliar e da formação da espiga.

A redução do número e quantidade na espiga acarreta em novo destino dessas lavouras e passe a ser utilizada como forragem para alimentação animal. Com as últimas chuvas, a situação das lavouras de milho segundo plantio melhorou parcialmente. As perdas se mantêm em torno de 50% em relação à produtividade esperada.

O rendimento está em 3.600 quilos por hectare. Em geral, considerando todas as lavouras de milho destinadas para grãos – de primeiro e segundo plantio, a perda é de 11%, chegando à produtividade média de 7.118 quilos por hectare. As maiores perdas ocorreram nos municípios da região das Missões.

Na de Frederico Westphalen, 97% das áreas cultivadas já estão colhidas, 1% está em enchimento de grãos e 2% em maturação. O rendimento médio é de 6.840 quilos por hectare, com boa qualidade dos grãos. A perda está em 21% em relação à produtividade inicial; os produtores continuam a solicitar cobertura de Proagro.

Com a finalização da colheita da soja na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, cerealistas e cooperativas se preparam para receber o milho que ainda não foi colhido, tanto do primeiro cultivo quanto do segundo, realizado em janeiro. A área colhida já representa 97%. O rendimento médio está em 7.260 quilos por hectare. As lavouras por colher se apresentam com baixo potencial produtivo e baixa qualidade do grão. A exceção são as lavouras em que a irrigação foi adotada. Em Salto do Jacuí, o milho de segundo cultivo foi severamente prejudicado pela estiagem, inviabilizando a continuidade da cultura e a colheita.

Na regional de Erechim, o milho foi colhido em 95% da área plantada. A retomada da colheita ocorrerá a partir da finalização da atividade na soja. O rendimento médio é de 7.880 quilos por hectare, com perdas de 15% em relação ao inicial. Os produtores que planejam a próxima safra têm acompanhando a redução no consumo do grão em nível mundial para elaboração de etanol, o que pode sinalizar preços menores na safra 2020-2021.

Na de Passo Fundo, a cultura já foi colhida em 97% da área, e o rendimento atual é de seis mil quilos por hectare.

Na de Caxias do Sul, a colheita avança e vai apresentando rendimentos menores nas últimas áreas, fundamentalmente em decorrência dos efeitos da estiagem que agravaram o desenvolvimento das plantas no final do período de enchimento de grãos. A média de rendimento da safra é de 5.170 quilos por hectare, com perda de 37% em relação à expectativa inicial.

Na de Soledade, 67% das lavouras já foram colhidas. Das demais, 4% estão em floração, 15% em enchimento de grãos e 14% em maturação. As lavouras de milho tardias apresentam perdas de 51% em relação à produtividade inicial; o rendimento médio é de 2.800 quilos por hectare. Embora de baixos volumes, a chuva ocorrida na terça-feira (14) em muitos municípios atenuou a situação de estresse hídrico nas lavouras que se encontram na fase de floração e enchimento de grãos.

Na de Bagé, a colheita avançou lentamente, alcançando 77% da área cultivada, tendo em vista que os produtores têm priorizado a operação em outras culturas. Das lavouras, 13% estão na fase de maturação e 10% em enchimento de grãos. O rendimento alcançado é de 1.600 quilos por hectare, o que representa uma redução de 55% em relação à produtividade inicial.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a colheita do milho avança à medida em que for finalizando a das culturas do arroz irrigado e da soja. Em São Lourenço do Sul, 60% das lavouras estão colhidas, em Pelotas, 45% e em Canguçu, 25%. As produtividades têm variado: em Piratini, está em 450 quilos por hectare; em Canguçu, 1.700 quilos por hectare; e em São Lourenço do Sul, é de 2.090 quilos por hectare. As perdas atingem a média de 69% em relação à produtividade esperada.

Na de Porto Alegre, segue a colheita. A cultura continua se ressentindo da escassez de água, embora tenham ocorrido chuvas de baixos volumes durante a semana. A safra do milho grão tem apresentado queda no rendimento de 46% em relação à produtividade projetada de 4.400 quilos por hectare. Muitas lavouras que seriam destinadas à produção de grãos devido à baixa qualidade do milho grão vêm sendo utilizadas na alimentação animal, frente à escassez de forragem de qualidade.

Mercado (saca de 60 quilos) 

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio chegou em R$ 45,26/sc. no Estado, com acréscimo de 0,11% em relação ao da semana passada.

Na regional de Santa Rosa, o preço está cotado a R$ 45,00/sc.; em Frederico Westphalen, a R$ 43,00; em Bagé e Erechim, a R$ 45,00; na de Pelotas, os preços variaram entre R$ 45,00 e R$ 58,00; em Ijuí, ficou em R$ 43,75. Em Caxias do Sul, o preço permaneceu em R$ 42,50; na regional de Soledade e na de Passo Fundo, em R$ 44,00; em Porto Alegre a R$ 54,00/sc.

Fonte: Emater/RS

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