As cotações do milho em Chicago fecharam em alta de 1,16% e o dólar teve desvalorização de 0,40%, no Brasil. Mas os grandes compradores de milho estão abastecidos, por compras constantes entre meados de setembro e de outubro e permaneceram fora de mercado.
Com isto, a média dos preços apurados pelo Cepea registrou queda de 0,53% na região de Campinas, principal fonte de referência do milho brasileiro. No acumulado do mês os preços do milho tiveram valorização de 8,86% no mercado físico e 10,36% no mercado futuro de São Paulo.
No Rio Grande do Sul mercado de lotes continua totalmente travado. Os preços não tiveram oscilações significativas. No Paraná negócios reportados na região dos Campos Gerais e no Norte do estado continuam com preços na faixa de R$ 40,00/saca, posto fábrica, tanto no spot quanto no futuro.
Na Bahia, negócios foram reportados com preços cinquenta centavos mais altos, pela segunda vez consecutiva, a R$ 34,50/saca. Em Campinas (SP), o mercado paulista de grãos muito estudado, com poucas novidades. De maneira geral, a pressão baixista sobre os preços persiste, embora com menos força. As recentes quedas do Dólar, de R$ 4,20/US$ para níveis próximos de R$ 4,00/US$, somadas a pouca força de Chicago são os pontos chaves do aperto. O fato, inclusive, causou perda do suporte nos preços de porto brasileiros, diminuindo espaço dos vendedores para barganha no mercado local.
Em Campinas (SP), compradores, que apenas observavam, passam a testar preços menores. Estes adotaram postura firme e buscam recompor seus estoques. Intermediários e produtores tentam não ceder à pressão e entregam também apenas o suficiente para gerar caixa. A amostra da XP Investimentos tem média de R$ 41,98/sc, recuo de 0,03/sc. As indicações dos portos brasileiros para novembro estão em R$ 40,00/sc, estáveis no dia.
No Brasil, especulações envolvendo clima e chuvas permanecem na agenda para os próximos meses, embora as chuvas recentes tenham garantido uma trégua no curto prazo. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, subiu para R$ 35,53 (34,84 do dia anterior) para dezembro, R$ 36,46 (35,87) e caiu para março e R$ 34,48 (34,09) para maio de 2020.
Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 31,81 (R$ 31,94 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 35,18 (35,32) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 34,70 (34,83) /saca. O milho argentino a R$ 52,52 (51,99) e o americano a R$ 58,95 (58,73) no oeste de SC. Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo permaneceram inalterados, contra alta de 0,44% no dia anterior, mantendo o ganho mensal em 2,67%.
Os preços dos suínos no Paraná também tiveram alta, de 0,82% (1,03% na sessão anterior), levando a alta acumulada no mês em 11,29%, contra 10,38% na sessão anterior. Os preços do boi gordo em São Paulo fecharam com alta de 0,30%, com o acumulado se mantendo no território positivo em outubro, atingindo 3,21%, contra 2,90% da sessão anterior.
Fonte: T&F Agroeconômica