A estabilidade do dólar e a alta insignificante da cotação de Chicago, nesta sexta-feira, que regulam as exportações, não impediu novamente que o preço do milho voltasse a subir no Brasil. O principal fator, neste momento é o medo de falta de produto a partir do início do próximo ano. A safra de verão aumentou apenas 0,9% e a Safrinha teria que aumentar 69% para compensar as exportações, o que é pouco provável. Então, as empresas consumidoras de milho estão preocupadas com o seu abastecimento nos próximos 26 meses, no Brasil.

Com isto, a média dos preços apurados pelo Cepea registrou forte alta de 1,62%, a R$ 45,00, contra R$ 45,00/saca na região de Campinas, principal fonte de referência do milho brasileiro, ultrapassando o patamar psicológico de R$ 45,00 e rumando para níveis maiores a médio prazo.

No Rio Grande do Sul, onde os níveis estão mais elevados, no país, os preços atingiram esta semana R$ 44,00 no interior do estado junto aos grandes compradores e um ou dois reais a mais para os pequenos. Continuam as compras de outros estados (PR e MS) e eventualmente do exterior.

Em Santa Catarina o mercado esteve bastante nervoso. As ofertas que tem aparecido, os compradores não tem deixado escapar. Essa semana rodou de $ 44,00 a 45,00 FOB diferido e ao redor de R$ 44,50 o tributado. Só que o nível de ofertas agira estão acima de R$ 44,50, comprador a 44,00.

No Paraná, com as constantes altas na BMF houve uma retração nas ofertas. Os preços dos negócios durante a semana estiveram entre R$ 39/40,00, no Oeste do estado, mas, no final de semana, o comprador já estava aberto a R$ 40,00 e vendedores pedindo entre R$ 41/42.00. No Norte do estado foram negociadas 15.000 toneladas de milho safrinha, a R$ 37,00 posto ferrovia, em Maringá. Nos Campos Gerais o preço foi linear a R$ 40,00 tanto nas fábricas locais para mercadoria spot, como para futura e no porto.

No Mato Grosso do Sul foram negociadas 50.000 toneladas no mercado spot, nesta semanal. Os preços oscilaram ao redor de R$ 36,00 em Maracaju. Para 2020, não foram vistos volumes negociados, mas as ofertas estiveram ao redor de R$ 30,00/saca e os compradores a R$ 28,00.

No Mato Grosso foram negociadas 45.000 toneladas de mercadoria spot parte para cobrir posições de Tradings e parte para o mercado interno do Sul, a preços entre R$ 30,00 e R$ 36,00/saca. Para a safra 2020 foram negociadas 40.000 toneladas, consideradas vendas pontuais, a preços entre R$ 23,00 e R$ 28,00.

Em Goiás foram negociados apenas pequenos lotes: ao todo 4.000 toneladas para a safra 2019 e 3.000 toneladas para a safra 2020. Da safra atual já foram comercializados 90% e da safra 2020 cerca de 31%. Estima-se que a área de milho a ser plantada no estado atinja 1.489.667 hectares e a expectativa de produção é de 8.169.333 de toneladas. Na Bahia os preços do milho estão estáveis há duas semanas ao redor de R$ 37,00, no Oeste do estado.

Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caíram para R$ 32,87 (36,96 do dia anterior) para dezembro, R$ 33,93 (38,10) e para março R$ 29,51 (33,42) para maio de 2020. Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 38,15 (R$ 34,71 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 43,18 (38,25) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 42,42 (37,74) /saca.

O milho argentino a R$ 56,85 (57,96) e o americano a R$ 59,99 (60,10) no oeste de SC. Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo, permaneceram inalterados, nesta sexta-feira, cotados a R$ 5,13/kg, mantendo a variação do mês em 11,28%, positivo. Os preços dos suínos no Paraná também permaneceram inalterados, mantendo a variação do mês em 4,86%, positivo. Os preços do boi gordo em São Paulo nova alta de 0,62%, para R$ 228,80, elevando a valorização do mês para 34,04%.

Fonte: T&F Agroeconômica


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