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Milho: cotações estáveis em Chicago. No Brasil, preços continuaram com viés de alta durante a semana

As cotações do milho, em Chicago, se mantiveram praticamente estáveis, com leve viés de baixa nesta semana. O primeiro mês cotado fechou a quarta-feira (22/11), em US$ 4,68/bushel, contra US$ 4,70 uma semana antes.


Enquanto isso, a colheita do milho, nos EUA, até o dia 19/11, atingia a 93% da área, contra 91% na média histórica.

Já no Brasil, os preços do milho continuaram com viés de alta. A média gaúcha fechou a semana em R$ 55,47/saco, enquanto nas demais praças nacionais os valores do cereal oscilaram entre R$ 35,00 e R$ 59,00/saco.


Diante das dificuldades climáticas na safra de verão e a possibilidade de atraso e menor área na futura safrinha, os vendedores recuaram, segurando o cereal disponível.

Ajuda para este comportamento as exportações elevadas, o que permite reduzir
estoques depois de uma safra recorde. Em paralelo, os consumidores estão mais ativos, tentando um abastecimento mais cedo diante da reversão de quadro climático. Dito isso, o plantio do milho de verão, no Centro-Sul brasileiro, atingia a 80% da área esperada até o dia 16/11 (cf. AgRural).

No Rio Grande do Sul o mesmo alcançava 81% nesta data (cf. Emater), enquanto no Paraná atingia a 98% no dia 20/11 (cf. Deral).

A produção total de milho no Brasil, em 2023/24, está projetada, agora, em 128,7 milhões de toneladas, contra 138,4 milhões no ano anterior. Haverá um recuo na área semeada ao redor de 5,1%, para 21,2 milhões de hectares. Se confirmado, este recuo será o primeiro desde 2017/18. (cf. Agroconsult)

Por sua vez, os mercados do Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia se abriram para o farelo de milho brasileiro, um dos produtos resultantes da produção do etanol de milho, tecnicamente chamado de DDG (grãos secos por destilação) ou DDGS (grãos secos por destilação com solúveis). Os DDGS/DDG são gerados a partir da produção do etanol do milho na segunda safra. O insumo é fonte proteica e energética nas formulações de ração animal (de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão).

De acordo com a Apex/Brasil as projeções indicam que até 2031/2032 a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10,88 bilhões de litros, o que levará a uma oferta, para o mercado, de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS.

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas dos EUA e China. Cerca de 10% dos grãos são destinados à produção de etanol no Brasil.

Quer saber mais sobre a Ceema/Unijuí. Clique na imagem e confira.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).

Equipe Mais Soja
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