Área e produção na safra 2021/22

Para o ano de 2022, a safra 2021/22 de milho em Mato Grosso foi caracterizada pela demanda elevada, preços em altos patamares e recorde de área e produção. Para se ter uma ideia, o preço ponderado pela comercialização subiu 22,44% nessa temporada até o mês de nov22, em virtude da alta demanda pelo cereal e oferta restrita no mercado mundial. Esse cenário refletiu no incremento da área plantada em 22,36%, consolidando em um recorde de 7,18 milhões de hectares (ha). Assim, mesmo com a produtividade prejudicada em algumas regiões pela escassez hídrica, que ocorreu no período de desenvolvimento da safra, a produção alcançou 43,84 milhões de t, 34,62% acima em relação à safra passada. Por fim, com uma oferta recorde e demanda externa aquecida, as exportações do grão que, de jul22 até nov22, aumentaram em 67,55% frente ao mesmo período do ano passado, sendo estimado que até o final da safra, somem 26,90 milhões de t do cereal matogrossense enviado ao exterior.

Confira os destaques do boletim:

  • MILHO MT: o preço médio do milho disponível em MT apresentou uma queda de 4,84% em 2022 ante o ano passado, ficando cotado na média de R$ 67,70/sc. 
  • MILHO CHICAGO: a cotação do cereal na CME Group corrente apresentou alta de 19,35% no comparativo anual, ficando na média de US$ 6,95/bu. 
  • ALTA: o custei da safra 2022/23 em Mato Grosso ficou estimado R$ 3.335/ha, incremento de 40,13% no comparativo com a safra passada. 
  • PE: o ponto de equilíbrio para que o produtor consiga cobrir o seu COE da safra 2022/23 ficou em R$ 40,70/sc, alta de 18,80% frente a safra passada.

Com a semeadura da soja adiantada em relação às safras anteriores, o milho pode ter um percentual maior semeado na janela ideal na temporada 2022/23

Desse modo, sem levar em consideração os fatores climáticos para os próximos meses, o Imea projeta que 98,80%, dos 7,41 milhões de ha estimados para o ciclo futuro, têm potencial de serem semeados na janela ideal de plantio (24fev.). Para os próximos meses da semeadura, as previsões do NOAA indicam volumes de chuvas na normalidade na maior parte do período, o que pode vir a beneficiar a produtividade, e consequentemente, auxiliar a estimativa de uma produção recorde de 46,41 milhões de t. Por fim, mesmo com o aumento na produção estadual para a safra, é esperado que com as expectativas de menor oferta mundial para a temporada 2022/23, dado a faltas de chuva nos Estados Unidos, dificuldade na semeadura do cereal na Argentina, incertezas quanto a guerra na Ucrânia e entrada da China no mercado brasileiro, podem continuar estimulando a manutenção dos altos patamares de preços do cereal matogrossense.

Fonte: Boletim semanal n° 731 – Milho – IMEA



 

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