CHICAGO: Milho fechou estável nos níveis mais altos desde 2012; problemas de clima nos EUA e Brasil

A cotação do milho para maio22 fechou em leve queda de 0,06% ou 0,50 cents/bushel a $ 815,0. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou em alta de 0,09% ou $ 0,75 cents/bushel a $ 813,0.

Fechado estável e permanece nos níveis mais altos desde 2012. O USDA anunciou vendas para a China por 1,08 MT. Preocupados com a oferta, mantêm um cenário de preços firmes (clima e avanço lento do plantio nos EUA, áreas do Brasil com seca e perspectiva de menor área a ser plantada na Ucrânia).

O USDA anunciou uma grande compra chinesa esta manhã, já que a China reservou 1,088 MT. Isso foi dividido entre 476k T para safra antiga e 612k T para entrega em 22/23. Os dados semanais da FAS mostraram que 866.755 toneladas de milho de safra velha foram registradas durante a semana encerrada em 21/04. Isso foi um pouco abaixo da faixa de expectativas. A China foi o principal comprador da semana com 729k T, embora 735k T tenham sido anunciados anteriormente. Para as vendas de novas safras, o relatório semanal mostrou que 843.440 toneladas foram registradas. Isso incluiu 802k T de negócios anteriormente conhecidos para a China e o México. A carteira total de 22/23 foi de 4,2 MT em 21/04, um aumento de 56% ano/ano.

Quanto aos dados de exportação de relatórios, o USDA observou que 1,562 MT de milho foram embarcados na semana de 21/04. Isso foi um aumento de 30% semana/semana, mas uma queda de 19% em relação à mesma semana do ano passado. Com 19 semanas restantes, as exportações acumuladas atingiram 38.132 MT ou 1.501 bbu. Para corresponder ao ritmo esperado de 2,85 bbu do USDA, as exportações precisam ter uma média de 1,8 MT ou 70,9 mbu por semana. Havia 19,4 MT ou 763 mbu de vendas de milho nos registros em 21/04.

B3: Novas quedas duplas, para maio, tanto no dia e na semana, provocadas por incertezas

Tomadas de lucro e incertezas quanto à próxima safra de inverno, além de recuos nas demandas do setor de carnes, fizeram as cotações do mercado futuro de milho em São Paulo aprofundarem as quedas nesta quinta-feira. Problemas climáticos no Oeste do Paraná, cujos danos ainda não foram confirmados, intensificaram as movimentações dos compradores nesta semana em busca de mais informações (e confirmações) sobre o desenrolar da safra.

Com isto, todas as cotações do dia fecharam novamente em queda, nesta quinta-feira: o vencimento maio/22 foi cotado à R$ 91,60, queda de R$ 1,80/saca no dia e de R$ 0,31 nos últimos 5 pregões (semana); julho/22 fechou a R$ 93,42, queda de R$ 0,94 no dia e alta R$ 0,41 na semana; setembro/22 fechou a R$ 96,03, com queda de R$ 0,65 no dia e alta de R$ 2,27 na semana e novembro/22 fechou a R$ 97,60 com queda de R$ 0,52 no dia e alta de R$ 2,55 na semana.

GIRO PELOS ESTADOS

  • RIO GRANDE DO SUL: Mercado continuou reagindo, com compradores mais ativos e negócios

Mercado de milho seguiu reagindo hoje, com compradores mais ativos e vendedores mais escondidos.

Com isto, a diferença entre as pedidas dos vendedores e as indicações dos compradores começaram a diminuir, se aproximando mais. O milho paraguaio seria bem competitivo não fossem os problemas logísticos.

Safra Nova: Nota-se, também, interesse dos compradores em adquirir milho de safra nova, mas sem indicações precisas

  • SANTA CATARINA: Aumenta a movimentação dos compradores no estado

Hoje percebeu-se que os compradores começaram a consultar mais e foram registrados negócios a R$ 90,00 CIF e R$ 89,0 FOB no norte do estado.

Com isto, a diferença entre as pedidas dos vendedores e as indicações dos compradores começaram a diminuir, se aproximando mais. O milho paraguaio seria bem competitivo não fossem os problemas logísticos.

Safra Nova: Nota-se, também, interesse dos compradores em adquirir milho de safra nova, mas sem indicações precisas.



  • PARANÁ: Muitos negócios nesta quinta-feira, no interior e no porto

Mais milho negociado (1,5K) em Cascavel a R$ 90,00 CIF (equivalente a US$ 303/t), com pagamento 30 dias. Houve negócios ao redor de 10.000 tons de três vendedores nos Campos Gerais a R$ 96,00 FOB. E, no porto houve rumores de negócios a R$ 99,00 e R$ 100,00/saca.

Safra: O relatório mensal, divulgado nesta quinta-feira pelo DERAL-PR, registra que “a produção de milho no Estado do Paraná, na segunda safra, deve atingir 16 milhões de toneladas. Confirmado este volume de produção, será o maior da história. Já a área plantada é estimada em 2,7 milhões de hectares, também recorde para a cultura do milho.

No campo, as condições de lavoura apresentam-se 96% da área como boas e somente 4% em situação mediana. O relatório apontou também que já temos praticamente um quarto das lavouras em frutificação e 1% na fase final do ciclo, a maturação. Em relação à primeira safra de milho 21/22, a colheita chega ao final, 96% da área já foi colhida e a produção esperada final é de 2,9 milhões de hectares.

  • MATO GROSSO DO SUL: Preços sobem mais R$ 3,00/saca para a média de R$ 80-81,00 FOB

Nesta quinta-feira os preços tiveram alta generosa de R$ 3,00/saca, fixando-se numa média de R$ 80,00/saca nas cidades do leste do estado e R$ 81,00 no Oeste.

Isto aparentemente é bom para o vendedor, mas afasta os compradores de outros estados, que tem que pagar fretes muito elevados. Uma das possibilidades será a exportação, que está cada vez mais ativa.

  • GOIÁS: Preços sobem mais R$ 5/saca nesta quinta-feira, com receio sobre safrinha

Preços: Os preços voltaram a subir mais R$ 5/saca, nas principais praças do estado, como mostra nossa tabela ao lado.

Contudo, os tomadores, tanto exportadores, mas principalmente os do mercado de outros estados, que precisam cobrir longas distâncias, continuam muito retraídos, principalmente dos outros estados, devido ao forte aumento nos preços dos fretes.

  • MILHO ARGENTINO: Preços recuaram US$ 1/t nesta quinta-feira

Os preços FOB UpRiver, do trigo argentino voltaram a recuar, nesta quinta-feira, diante da queda dos prêmios e do mercado futuro da CBOT. Para navios Handysize os preços do dia recuaram US$ 1/t para US$ 319 para maio; recuaram US$ 1/t para US$ 318 para junho e julho; mantiveram-se inalterados US$ 311 para agosto; subiram US$ 4/t para US$ 313 para setembro e US$ 11/t para US$ 321 outubro e US$ 323 novembro. Para os navios Panamax, os preços foram cotados a US$ 319 maio, recuaram US$ 9/t a US$ 320 junho, recuaram US$ 1/t para US$320 para julho. Agosto e setembro permaneceram inalterados a US$ 311, outubro recuou US$ 1/t para US$ 311, novembro permaneceu inalterado a US$ 315 e dezembro a US$ 319.

  • MILHO PARAGUAIO: Logistica joga contra o Brasil e espanta vendedores, mas há compradores

O mercado FAS Assunção melhorou novamente suas indicações, atingindo valores abertos de 255,00 U$D/MT durante o dia e talvez melhorando um pouco com ofertas firmes próximas a esse número, mas, do lado de vendas, a grande maioria está firmemente posicionada em níveis de 260,00 USD/T, dificultando o fechamento de negócios.

Brasil: Os compradores do mercado brasileiro mantiveram a maior agressividade apresentada no dia anterior, mas sem despertar grande interesse dos vendedores, que estão apreensivos com a logística.

Fonte: T&F Agroeconômica

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