A 2ª estimativa do custo de produção para a safra 24/25 foi divulgada pelo Imea no dia 15/03, trazendo reajuste entre estimativas. De acordo com os dados da Acapa-MT, o custeio para a temporada está em R$ 3.437,75/ha, retração de 0,83% ante a divulgação de fev/24.
Essa diminuição nas despesas foi pautada pelos menores custos com operações mecanizadas, sementes e defensivos, em 2,12%, 1,40% e 1,06%, no período analisado, respectivamente.
Com o reajuste no custeio, o COE para a safra 24/25 caiu 1,05% ante o mês passado e ficou projetado em R$ 4.820,50/ha. Apesar de estar no início das estimativas do custo de produção, é importante que os produtores se atentem ao Ponto de Equilíbrio para cobrir suas despesas.
Assim, para que o agricultor consiga pagar seu custeio ou o COE da safra 24/25, colhendo 103,86 sc/ha, é necessário que negocie o seu milho a pelo menos R$ 33,10/sc ou R$ 46,41 sc.
Confira os principais destaques do boletim:
- VALORIZAÇÃO: a paridade de exportação jul/24 aumentou 3,12% ante a semana passada, devido ao aumento no prêmio portuário de Santos e ficou cotada a R$ 27,55/sc.
- ALTA: após consecutivas quedas, o preço da CME-Group exibiu recuperações técnicas e fechou a semana em alta de 3,22%, na média de US$ 4,34/bu.
- AVANÇO: a semeadura de milho em MT atingiu 99,45% do total da área projetada para o ciclo 23/24 até o dia 15/03.
Conab projeta a área de milho 2ª safra 23/24 no Brasil em 15,76 milhões de hectares, redução de 8,57% comparada à da safra 22/23.
Assim, no dia 12/03, a Companhia também revisou os dados de produtividade para o ciclo em 92,38 sc/ha, declínio de 6,90%, ante a safra 22/23. Já no que se refere à produção, ficou projetada em 87,35 milhões de toneladas, recuo de 14,70% ante a temporada 22/23.
O principal ajuste entre safras foi puxado pelos dados do maior estado produtor do país, Mato Grosso, -17,58% ante a safra passada, ficando estimado em 43,28 milhões de toneladas (referência Imea).
Já a produção dos demais estados, PR, MS e GO, ficou projetada em 13,78, 10,45 e 8,39 milhões de toneladas, respectivamente, recuo de 6,20%, 19,20% e 24,30%, na mesma ordem. Dessa forma, após a divulgação da Conab, a bolsa brasileira (B3) apresentou valorização devido à projeção de menor oferta de milho no país, e fechou em alta diária de 0,57%, ficando cotado a um preço médio de R$ 63,27/sc.
Fonte: IMEA