A cotação do milho para o contrato corrente na bolsa de Chicago na última semana, apresentou uma variação positiva de 1,92% no comparativo com o mesmo período do mês passado e fechou cotado em US$ 6,83/bu.

Apesar do avanço na colheita do milho nos EUA, que está ampliando a oferta no disponível, a seca que atinge a UE e a Argentina, vem impactando positivamente os preços, dado a perceptiva de menor produção para essas regiões na temporada 2022/23. Além disso, na última semana, intensificou as incertezas quanto a continuidade do acordo do escoamento de grãos pelo Mar Negro entre a Ucrânia e a Rússia, o que trouxe a expectativa de menor oferta do cereal no mercado externo.

Por fim, a suspensão do acordo de escoamento no dia 29/10 e as previsões climáticas pouco favoráveis na América do Sul, podem continuar impactando uma tendência de alta nos preços em Chicago.

Confira os destaques do boletim:

INDICADOR IMEA: o preço do milho em mato grosso encerrou a semana com alta de 1,37%, ficando cotado a R$ 64,25/sc apoiado pela alta do dólar.

DOLAR CORRENTE: a moeda fechou a semana com alta de 1,28% devido as incertezas do cenário politico interno e a alta do juros nos Estados Unidos.

FUTURO DO MILHO: a paridade de exportação jul/23 apresentou alta de 2,68% ficando cotada a R$71,28/sc na ultima semana em função da alta do dólar.

Problemas climáticos na Argentina impactam o ritmo da semeadura no país na safra 2022/23

Na última quinta-feira (27/10), a Bolsa de Cereales divulgou os dados de semeadura no país, que já apresenta 21,80% da área estimada, um atraso de 5,80 p.p. no comparativo com o mesmo período da safra 2021/22.

Esse retardo ocorre devido as geadas tardias que atingiram parte do país e, principalmente, pela falta de chuva. Diante disso, 42,00% das áreas apresentam umidade abaixo do ideal para semeadura, 18,00 p.p. menor que no ano passado. Assim, diante das dificuldades climáticas e o fim da janela ideal de plantio do cereal nessa última semana de out/22, os produtores têm optado por migrar para o plantio da soja, que possui uma maior janela de plantio.

Assim, as estimativas de área foram reduzidas em 400 mil ha pela Bolsa se comparado com a safra passada. Por fim, a expectativa de menor produção do cereal argentino, pode vir a pressionar ainda mais a oferta mundial para a temporada 2022/23.

Fonte: Boletim semanal n° 724 – Milho – IMEA



 

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