O mercado brasileiro de milho manteve preços sustentados nesta semana. Em que pese a preocupação com os efeitos sobre a demanda, em meio a pandemia do coronavírus, isolamento social e aumento dos casos no país, a oferta segue restrita e as preocupações com o clima para a safrinha garantem a sustentação aos preços.
A falta de chuvas continua gerando apreensão com a produção da safrinha. A umidade segue escassa em regiões capitais para a safrinha, como no Paraná. Com isso, o produtor segue retraído na venda, e a oferta está ajustada à demanda, garantindo suporte às cotações. Afora isso, o dólar em patamares elevados sustenta os preços nos portos para exportação e oferece também sustentação ao mercado interno.
No balanço da semana, o milho na base de venda em Campinas/CIF subiu de R$ 62,00 para R$ 63,00 a saca de 60 quilos. Na mogiana paulista a cotação passou de R$ 59,00 para R$ 61,00 a saca.
Já em Cascavel, no Paraná, o preço do milho na semana passou de R$ 50,00 para R$ 51,00 a saca. Em Erechim, Rio Grande do Sul, a cotação avançou na semana na base de venda de R$ 52,00 para R$ 52,50 a saca.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o milho recuou de R$ 54,00 para R$ 53,00. Em Rio Verde, Goiás, o cereal subiu de R$ 50,00 para R$ 51,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, o milho se manteve em R$ 48,00.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 73,3 milhões em março (15 dias úteis), com média diária de US$ 4,9 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 406,3 mil toneladas, com média de 27,1 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 180,30.
Na comparação com a média diária de fevereiro, houve um avanço de 29,2% no valor médio exportado, uma alta de 40,8% na quantidade média diária e perda de 8,2% no preço médio. Na comparação com março de 2019, houve baixa de 38,8% no valor médio diário exportado, queda de 37,8% na quantidade média diária de volume e perda de 0,6% no preço médio.
Fonte: Agência SAFRAS