FECHAMENTOS DO DIA 07/06

A cotação de julho24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,72 % ou $ -3,25 cents/bushel a $ 448,75. A cotação para setembro24, fechou em baixa de -0,66 % ou $ -3,00 cents/bushel a $ 454,75.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou o dia em queda e uma leve alta no acumulado da semana. O milho devolveu parte dos ganhos do dia anterior, pressionado pela queda da soja e do trigo, mas foi o único grão que garantiu o saldo positivo na semana.

A colheita avançada no Brasil e na Argentina, que somados garantirão um bom volume na América do Sul e o bom começo do plantio nos EUA são o grande fator de pressão para o cereal. O mercado está ajustando posições, mirando o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado quarta-feira. Com isso o milho acumulou leve alta semanal de 0,56% ou $2,50 cents/bushel.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Safrinha segue pressionando, e semana encerra com perdas no milho diário e semanal na B3

Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações negativas nesta sexta-feira (07). Os avanços da safrinha, tornando a oferta de milho mais abundante, e em especial àqueles ligados ao centro-oeste, garantiram a força do lado da compra, que viram
os futuros caírem até 0,60% no dia de hoje. Dentre estes, o Imea divulgou hoje que o estado do Mato Grosso já colheu 10,6% de sua safra, em um ritmo precoce se comparado ao ano passado, e maior do que a média de 5 anos, que é de 9,1% para o mesmo período.

As projeções do Instituto também foram elevadas a respeito da produção: de 45 milhões no início de maio, divulgou-se que o estado deve entregar 45,8 milhões para este ano-safra.

OS FECHAMENTOS DO DIA 07/06

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em variações negativas: o vencimento de julho/24 foi de R$ 57,13 apresentando baixa de R$ 0,23 no dia, baixa de R$ 1,09 na semana; setembro/24 fechou a R$ 61,14, baixa de R$ 0,22 no dia, baixa de R$ 0,31 na semana; o vencimento novembro/24 fechou a R$ 65,02, baixa de R$ 0,26 no dia e baixa de R$ 0,04 na semana.

Análise semanal da tendência dos preços
FATORES DE ALTA

a) No Brasil, a possível disputa entre indústrias e exportadores, no segundo semestre, poderá elevar um pouco os preços e cotações do milho, mas, sem sequer atingir o custo de produção, que está muito acima da remuneração dos produtores, nesta temporada;

b) Pesquisas da indústria nos EUA antes do relatório de oferta/demanda do USDA WASDE de quarta-feira preveem que o governo mostrará estoques finais da safra velha de 2,009 bilhões de bushels (51,03 MT) e estoques finais de 2024/25 de 2,079 bilhões de bushels (52,80MT). Ambos seriam inferiores aos números de maio, se realizados.

FATORES DE BAIXA

a) alta do dólar, que favorece as exportações brasileiras, em detrimento das americanas. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá exportar 1,052 milhão de toneladas de milho em junho, o dobro das 501,2 mil embarcadas em maio;

b) progresso da colheita de milho na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a colheita alcançou 35,1% da área apta na última semana, avanço de 5 pontos porcentuais ante a semana anterior. O rendimento médio nacional está em 7.820 quilos por hectare e a estimativa de produção foi mantida em 46,5 milhões de toneladas. A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente diminuiu de 53% para 51% na semana. Já a parcela em condição regular ou ruim passou de 47% para 49%;

c) clima favorável para a produção de milho nos EUA;

d) no Brasil os preços do milho recuaram 1,84% na semana/mês e 0,48% nesta sexta-feira, pressionados pela grande oferta de produto das duas safras, de verão e de inverno, esta, que começa a ser colhida.

Fonte: T&F Agroeconômica



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