Fatores de alta
- Falta de chuva nos principais estados produtores, poderá comprometer as estimativas de estoques previstas pela Conab
- Dólar ainda elevado, continua dando amparo às exportações
- Volta da guerra comercial EUA-China: China poderá aumentar compras no Brasil, enxugando estoques
- Problemas de navegação no Rio Paraná até setembro, dificultando/encarecendo entregas da Argentina.
Fatores de baixa
Maior disponibilidade do grão durante a colheita da Safrinha no Brasil.
Recomendações
a) Aos Hedgers, fábricas de ração e demais compradores de milho: fixar preço na B3, onde o investimento é de apenas 5%-8% do que seria no mercado físico, a fim de garantir preços médios de compra menores para o que resta do ano comercial;
b) Aos vendedores do mercado físico, agricultores, cooperativas, cerealistas, deixar o mercado evoluir para cima e ir vendendo à medida das suas necessidades;
c) Aos Investidores: comprar contratos agora, revendendo-os à medida que o mercado evoluir parta cima.
No RS preços recuaram cerca de 2,13% na semana, mas subiram 3,33% no mês
Com a queda do dólar, que deixou de dar sustentação aos preços das carnes e do próprio milho na exportação, os preços do milho sofreram queda ao redor de 2,13% no estado durante esta semana. Com isto, os preços em Cruz Alta e Montenegro recuaram um real/saca para R$ 47,00, R$ 46,00 em Passo Fundo/Carazinho/Ijuí/Santa Rosa/Erechim. Subiram 1,7% em Vacaria para R$ 47,80.
Já os preços para exportação, permaneceram inalterados sobre rodas no porto de Rio Grande a R$ 47,00/saca. Para o milho disponível os agricultores continuam a R$ 43,00 em Cachoeira do Sul, R$ 42,90 em Ijuí, R$ 42,00 em Panambi, R$ 41,25 m Passo Fundo, R$ 43,00 em Santa Rosa e R$ 40,00 em Santo Ângelo.
Em Santa Catarina os preços recuaram cerca de 0,97% durante a semana, mas subiram 6,25% no mês
Os preços do milho no mercado de lotes de Santa Catarina mantiveram os recuos do dia anterior e R$ 51,50 em Campos Novos; R$ 53,00 em Concórdia; R$ 52,00 em Mafra e R$ 51,00 em Canoinhas e Chapecó. Corretores do MS relatando vendas de milho do estado para SC.
Os preços para os produtores, por sua vez, no mercado de balcão, permaneceram inalterados em R$ 42,75 em Campos Novos, R$ 44,0 em Canoinhas, Mafra e Chapecó e R$ 43,50/saca em Concórdia.
No Paraná, preços recuaram 5,68% na semana, mas subiram 5,06% no mês
O mercado interno comprando somente a necessidade. Preços sofrendo o mesmo movimento do RS, com a queda do dólar, reduzindo os preços das carnes para exportação e do próprio milho. No mercado spot os preços mantiveram-se em R$ 47,00 nesta sexta-feira, na região dos Campos Gerais e R$ 46,00 para julho.
No Norte do estado compradores pagando de R$ 46,00 até R$ 48,00, dependendo da localidade, mas pouco volume negociado. No Oeste do estado houve negócios a R$ 47,00 com pagamento em 30 dias. Milho Safrinha está entre R$ 42,00/43,00 posto fábrica nos Campos Gerais. Vendedores nos Campos Gerais pedem R$ 50,00, mas no norte estão entre R$ 49,00 e R$ 46,00/saca.
Milho futuro com a falta de chuva as ofertas estão bem escassas. Preços posto ferrovia em Maringá, para agosto tem comprador a 41,00 e setembro em Paranaguá a R$ 46,00, mas não há vendedores.
No Centro-Oeste mercado fraco, com recuo do câmbio
No Mato Grosso do Sul milho spot a R$ 43,00/saca base Dourados. Milho safrinha R$ 34,00, sendo negociadas 40.000 toneladas, alguns lotes para Santa Catarina.
No Mato Grosso mercado se ajustando ao câmbio fraco, pouca movimentação na semana. Da safra 2020/2020 foram negociadas apenas 60.000 toneladas a preços entre R$ 33,00 a R$ 37,00. Milho da safra 2021/2021 foram negociadas 70.000 toneladas. Mercado também rodando devagar. Recuo de câmbio não favorece negócios. Preços entre R$ 30,00 a R$35,00.
Em Goiás os mercados também sentiram o recuo do câmbio e negociaram volumes consideravelmente menores: apenas 90.000 toneladas da safra 2020 e 13.000 toneladas da safra 2021. Os preços avançaram 2,56% na semana em Brasília para R$ 40,00/saca, mas recuaram 1,28% em Cristalina para R$ 38,50 e permaneceram inalterados em Formosa (R$ 38,00), Jataí (R$ 39,00) e Rio Verde (R$ 43,00).
Na Bahia, LAM, os preços continuam inalterados há várias semanas ao redor de R$ 37,00, mas caíram 7,41% em relação ao mês anterior.
Fonte: T&F Agroeconômica