Sobre forte efeito do fenômeno climático La Niña, o clima no Rio Grande do Sul vem preocupando agricultores gaúchos. Conforme destacado no 44° ClimaCast – RTC, o mês de novembro foi marcado por chuvas abaixo da média histórica para o Estado, agravando a condição de disponibilidade hídrica do solo, especialmente na região Noroeste do RS, onde condições mais extremas foram observadas.

Afetada por essa condição, a safra de milho 2022 no Rio Grande do Sul, vem sofrendo os efeitos da estiagem, que por sinal, é a quarta consecutiva em algumas regiões de cultivo. Uma estimativa realizada pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) e divulgada nesta segunda-feira (19/12), estima que em áreas de milho sequeiro (sem uso de irrigação), em média, os prejuízos relacionados à quebra de safra já alcançam 42% em relação à expectativa de produção inicialmente traçada pelas cooperativas (RTC/CCGL, 2022).

Figura 1. Reflexos das estiagens em lavouras de milho no Rio Grande do Sul.

Fonte: RTC/CCGL (2022)

Devido às altas temperaturas e à ausência de chuvas, especialmente durante os meses de novembro e dezembro, várias regiões já contabilizam perdas superiores a 70%. Os dados foram coletados em 20 cooperativas ligadas à RTC/CCGL e, destas, metade já consolidam perdas superiores a 50% (RTC/CCGL, 2022).

E não para por aí, infelizmente os efeitos da baixa disponibilidade hídrica também começam a surgir na cultura da soja, onde, até o momento, na área de atuação das cooperativas, 11% da área destinada à soja ainda não foi semeada, enquanto que, da área semeada, 15% ainda não está emergida.

Para que a semente de soja inicie a germinação, é necessário que haja absorção de água correspondente a aproximadamente 50% do seu peso. Logo, os efeitos prolongados da estiagem podem inclusive influenciar o estabelecimento das lavouras de soja ainda não emergidas e/ou semeadas.

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