As atividades de colheita do milho seguem em ritmo menos intenso, aguardando a finalização do ciclo das lavouras estabelecidas a partir de dezembro. Os produtores que realizaram a operação foram favorecidos pelas condições meteorológicas predominantemente secas e de elevada radiação solar, que garantiram boa trafegabilidade das máquinas agrícolas. A área colhida alcançou 92%, e restam 5% em maturação e 3% em enchimento de grãos.

A ausência ou insuficiência de chuvas nas últimas quatro semanas tem prejudicado as lavouras em enchimento de grãos (R5), fase altamente sensível ao déficit hídrico, podendo comprometer significativamente o potencial produtivo. No entanto, a menor demanda evaporativa — em função das temperaturas mais amenas — e a presença recorrente de orvalho noturno têm atenuado os efeitos do estresse hídrico, permitindo que as plantas mantenham aspecto visual satisfatório até o momento. No entanto, poderá haver perdas no potencial produtivo, se as plantas continuarem sob estresse hídrico.

Nas regiões em que houve precipitações pontuais e suficientes para restabelecer a umidade superficial do solo, os produtores iniciaram a implantação de culturas de cobertura – para proteção do solo, incremento da matéria orgânica e controle de plantas daninhas – em preparação para a semeadura do milho da próxima safra, prevista para a primeira quinzena de agosto. Porém, na maior parte do Estado, as condições de baixa umidade do solo ainda inviabilizam a semeadura dessas espécies.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Candiota, Aceguá, Bagé e Hulha Negra, a colheita está em fase inicial em função das semeaduras terem ocorrido majoritariamente a partir do final de dezembro. Em Caçapava do Sul, aproximadamente 50% dos 1.500 hectares cultivados foram colhidos. O avanço das operações deve se intensificar após a conclusão da colheita da soja, com a adequação das plataformas das colhedoras para o milho. Na Fronteira Oeste, em São Borja, os produtores iniciaram a implantação de mix de espécies ou cultivos solteiros — nabo forrageiro e aveia — visando ao preparo das áreas para o próximo cultivo do cereal.

Na de Caxias do Sul, a colheita prossegue, mas em ritmo mais lento, uma vez que as grandes lavouras já foram colhidas. Em áreas menores, é comum a prática de manter as plantas a campo para permitir a secagem natural dos grãos, o que pode estender a operação até o mês de julho. Os cultivos semeados no final do período indicado — especialmente aquelas implantadas após cultivos de alho e cebola — ainda se encontram em fase de maturação, sem atingirem o ponto ideal de colheita.

Na de Pelotas, 61% das lavouras foram colhidas; 26% estão em maturação fisiológica, aptas para a colheita; 12% em enchimento de grãos; e 1% em pendoamento. Nas áreas ainda em desenvolvimento, persiste significativa heterogeneidade nos estádios fenológicos, resultado das variações na quantidade e distribuição das chuvas ao longo do ciclo

Na de Santa Rosa, 92% dos cultivos foram colhidos; 6% encontram-se em enchimento de grãos; e 2% em maturação fisiológica.

Na de Soledade, 71% das lavouras foram colhidas. As áreas remanescentes estão em florescimento (1%), enchimento de grãos (15%), maturação fisiológica (9%) e maturação de colheita (4%). Esses cultivos foram implantados tardiamente e apresentam bom desempenho produtivo. Nos grãos colhidos recentemente, há alta umidade, exigindo cuidados com a secagem para garantir a qualidade e evitar perdas no armazenamento.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 2,63%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 67,66 para R$ 65,88.

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Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1866

Site: Emater/RS

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