A colheita avançou pouco, chegando a 68% da área implantada no Estado. Entre as fases da cultura 6% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 5% em floração, 10% em enchimento de grãos, e 11% em maturação. Tecnicamente, toda a área prevista está implantada na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em Aceguá, os produtores aplicam inseticidas para o controle de cigarrinha nas lavouras implantadas em janeiro.
As aplicações de fertilizantes nitrogenados em cobertura estão suspensas devido à falta de umidade no solo, situação que deve afetar o potencial produtivo em razão da perda do momento fenológico correto para o aporte do nutriente. As lavouras da primeira época de plantio estão em fase de enchimento de grãos, e notam-se danos causados pela cigarrinha bem como incidência de doenças fúngicas e bacterioses, que se instalaram durante o período vegetativo, marcado pelo clima chuvoso.
Na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, a colheita atinge 90% da área cultivada. Em torno de 325 hectares de milho safrinha foram implantados no município. As lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo com bom potencial produtivo. Em São Borja, os produtores estão animados com o leve aumento nos preços do milho e mantendo a produção colhida armazenada em busca de comercialização mais vantajosa nos próximos meses.
Em São Gabriel, algumas lavouras afetadas pela estiagem, durante o período crítico de pendoamento/floração, estão sendo destinadas para a produção de silagem. As lavouras mais novas apresentam contínuo ataque de lagarta-do-cartucho.
Na de Caxias do Sul, a colheita foi iniciada, mas o rendimento está pouco abaixo da expectativa inicial. Essa queda referente às lavouras semeadas no cedo foi influenciada pelas condições climáticas da primavera, que foi excessivamente úmida com alta nebulosidade e pouca incidência de luz para as plantas. Pouco mais de 50% da área se encontra em enchimento de grãos, 30% em maturação, 10% em floração, 5% colhido, e 5% ainda em desenvolvimento vegetativo.
Na de Passo Fundo, a cultura está em fase de maturação (15%) e em colheita (85%). Na de Erechim, a colheita chegou a 90% da área. O preço baixo preocupa, principalmente, em função da proximidade do vencimento dos financiamentos de milho em final de março.
Na de Frederico Westphalen, a produtividade obtida é de 6.330 kg/ha, representando redução de 23% em relação à expectativa inicial. As lavouras de safrinha estão em desenvolvimento. Na de Ijuí, a colheita segue mais lenta, conforme a maturação das lavouras. As cooperativas e os cerealistas estão se programando para receber o produto até o início de março, quando as instalações destinadas ao recebimento de grãos serão direcionadas à cultura da soja.
A produtividade ainda mantém grande variabilidade, destacando-se o município de Cruz Alta, onde as lavouras apresentam as maiores produtividades. Em Três Passos e Tenente Portela, ocorreram reduções de produtividade devido à incidência de doenças, em especial estria bacteriana.
Na de Pelotas, as áreas no geral apresentam bom desenvolvimento. Os produtores continuam os tratos culturais, como controle de plantas invasoras, de pragas e adubações em cobertura, utilizando adubo ureia. As lavouras estão predominantemente na fase de desenvolvimento vegetativo (33%); em floração, 31%; em granação ou enchimento de grãos, 29%; e 7%, em maturação ou pronto para colher.
Na de Santa Maria, continua a colheita, que atinge 37%. As lavouras de milho, devido à sua natureza, têm sofrido mais em função das chuvas irregulares. Outro problema tem sidoo ataque de cigarrinha, que transmite diversos patógenos, consequentemente causando queda da produtividade.
Na de Santa Rosa, segundo relatos, os produtores que costumavam plantar milho safrinha estão substituindo-o por soja em virtude do ataque de pragas, principalmente cigarrinha. Após a redução da umidade das estradas, é observada intensa movimentação de caminhões na região para retirada do produto. A manutenção dos preços baixos do grão deve impactar na expectativa de semeadura da próxima safra, demandando dos produtores a avaliação dos custos de implantação e as possibilidades de perdas por intempéries climáticas.
Ainda não foi possível definir as perdas nos cultivos do tarde, pois grande parte das lavouras está no estádio fenológico de desenvolvimento vegetativo. Além disso, 9% estão em desenvolvimento vegetativo, 1% em floração, 2% maduro e 88% colhido.
Na de Soledade, o milho do cedo por colher se localiza em áreas com colheita manual, dentre as quais, muitas são declivosas. É pouco significativo o percentual de lavouras em maturação e em colheita semeadas em outubro. A maioria das lavouras, que se encontram em diversas fases de desenvolvimento (vegetativo, florescimento, enchimento de grãos e algumas iniciando a maturação fisiológica), foram semeadas em período intermediário ou tardio (novembro, dezembro e parte de janeiro) e em restevas de tabaco, feijão e milho safra silagem (lavouras da safrinha).
Essas lavouras foram altamente beneficiadas pelas chuvas recentes, recuperando estruturas e expressando potencialidades, apesar de algumas perdas em razão da estiagem em fevereiro. A aplicação de adubos nitrogenados em cobertura está em finalização nas lavouras com semeadura tardia.
Prosseguem os tratamentos contra lagarta-docartucho e cigarrinha-do-milho. As fases da cultura são: desenvolvimento vegetativo, 33%; florescimento, 10%; enchimento de grãos, 10%; maturação (fisiológica e de colheita), 4%; e colhidos, 43%.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, teve redução de 0,08%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 52,14 para R$ 52,10.
Fonte: Emater/RS