A umidade e a nebulosidade ainda dificultam a colheita em grande parte das lavouras, já que os grãos não atingem a maturação nem o teor de umidade necessários para a operação. Nas regiões da Serra, Campos de Cima da Serra, Central e Campanha, ocorreram danos qualitativos expressivos, que praticamente inviabilizam o uso e a comercialização dos grãos colhidos: muitas ocorrências de fungos, micotoxinas e germinação na espiga. Em razão das adversidades, a colheita de milho avançou apenas 1% em relação à semana anterior e atingiu 93% da área cultivada no Estado.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita alcança 87% da área total cultivada, restando em torno de 8 mil hectares a campo em pequenas propriedades com plantios destinados à subsistência. Em Candiota, o excesso de umidade provocou a germinação de grãos na espiga em algumas lavouras. Em Manoel Viana, a área de safrinha, que ocupa 325 hectares, encerrou o ciclo desde o início da segunda quinzena de maio. A expectativa é de realizar a colheita, assim que houver uma sequência de dias sem chuvas.

Na de Caxias do Sul, restam cerca de 15% a serem colhidos na Serra e Campos de Cima da Serra, o que representa aproximadamente 13 mil hectares. As áreas que ainda não foram colhidas apresentam perdas em volume e qualidade de grãos. O rendimento médio da safra é de 6.590 kg/ha.

Na de Erechim, a cultura foi totalmente colhida, e os produtores estão se organizando para o planejamento da próxima safra. A área cultivada deve se manter, a depender dos preços. Na de Ijuí, houve a retomada da colheita, e a cultura se aproxima do final da safra. Os grãos colhidos, durante a semana, apresentam alta umidade, e as perdas são estimadas entre 20% e 30% nessas lavouras.

Na de Pelotas, a colheita não avançou, e a área colhida segue em 40% da área cultivada. A expectativa de produtividade reduziu consideravelmente até o momento e está em 2.578 kg/ha, mas é provável que reduza ainda mais, considerando os impactos das chuvas excessivas, que seguem acontecendo.

Na de Santa Rosa, a cultura entra na reta final da safra: 96% da área colhida e 4% em fase de maturação do grão. A produtividade média esperada para o milho era de 8.590 kg/ha, mas as condições climáticas adversas reduziram a média para 5.520 kg/ha, o que representa queda de 35%. Doenças e chuvas intensas na floração também contribuíram para a redução. Iniciou-se o processo de pré-custeio para a safra 2024/2025 e alguns plantios de cobertura.

Na de Soledade, a instabilidade climática dificulta a colheita do milho safrinha, que fica limitada a colheitas manuais em pequenas áreas; nas áreas maiores, aguardam-se melhores condições de umidade para a entrada de máquinas. A umidade elevada dos grãos exige um longo período seco para secagem antes do armazenamento. A procura por Proagro aumentou devido a inundações e ataques de cigarrinha, que causam doenças oportunistas. Atualmente, 12% das lavouras estão em enchimento de grãos, 18% em maturação, e 70% foram colhidas.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, teve pequena redução de 0,09%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 57,39 para R$ 57,34.

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Fonte: Emater/RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1817

Site: EMATER/RS

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