A semeadura evoluiu apenas 4%, atingindo 88% da área projetada para a safra. As lavouras em desenvolvimento vegetativo representam 42% da área. Houve avanço no estádio reprodutivo: 27% estão em florescimento, e 31% em enchimento de grãos.
A ocorrência de chuvas irregulares entre 19 e 20/11, elevou o teor de umidade nos solos. O quadro de déficit hídrico foi amenizado onde o volume pluviométrico foi maior, especialmente nas lavouras com solos profundos e bem estruturados. Em áreas irrigadas, o potencial produtivo está elevado. As plantas têm sido favorecidas pela alta disponibilidade de radiação solar durante o dia e pelas temperaturas amenas à noite.
A escassez hídrica em novembro prejudicou o desempenho das lavouras de sequeiro, principalmente nas regiões Noroeste e Centro. As plantas afetadas apresentam sintomas, como enrolamento das folhas superiores, senescência das folhas inferiores e secamento dos pendões. Algumas lavouras apresentam perdas consolidadas, e a continuidade desse cenário climático poderá gerar uma grande demanda por seguros agrícolas ou Proagro.
Os tratos culturais realizados variaram de acordo com o estágio das lavouras, bem como com a viabilidade econômica. De maneira geral, nas áreas em germinação/emergência e em desenvolvimento vegetativo, os produtores efetuaram a adubação nitrogenada e o controle de plantas daninhas. A aplicação de inseticidas e fungicidas ocorreu de forma pontual, quando o monitoramento indicou a necessidade de controle.
Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na região da Campanha, as operações de plantio avançaram, e os produtores aguardam nova reposição de umidade do solo para prosseguir a semeadura. Em Hulha Negra, 30% da área esperada foi semeada; em Dom Pedrito, 50%. Na Fronteira Oeste, a ocorrência de chuvas foi crucial para interromper o período seco. Em Manoel Viana, 10% das plantas estão em floração e 90% em enchimento de grãos.
Na de Caxias do Sul, o retorno das chuvas, no entorno de Guaporé, representou um alívio aos produtores. As condições nos Campos de Cima da Serra têm sido favoráveis desde a semeadura, e a cultura se desenvolve adequadamente.
Na de Frederico Westphalen, 15% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 40% em florescimento e 45% em enchimento de grãos. A cultura se beneficia da boa disponibilidade de umidade no solo, e a produtividade esperada está superior à safra passada.
Na de Ijuí, 49% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 34% em floração e 17% em enchimento de grãos. As falhas nas espigas por má polinização são baixas, mas o desenvolvimento dos grãos é pouco expressivo devido ao déficit hídrico.
Na de Pelotas, a semeadura atinge 38% da área esperada. Na de Santa Maria, houve evolução da área semeada para 60% da área prevista, e 10% estão em período reprodutivo.
Na de Santa Rosa, 7% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo; 18% em floração; 73% em enchimento de grãos; e 2% em maturação. Nas localidades sem sistema de irrigação, as atividades de proteção fitossanitária cessaram a fim de avaliar a efetividade e o retorno econômico em relação às perdas causadas pelo déficit hídrico, que atingem 4%. Entretanto, persistindo as condições climáticas, esse índice poderá aumentar. Em lavouras irrigadas, a cultura apresenta ótimo desenvolvimento, e os produtores realizam o controle de lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).
Na de Soledade, 60% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo e 40% em florescimento. No Vale do Rio Pardo, as chuvas interromperam o estresse hídrico da cultura.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,04%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,14 para R$ 68,17.
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Fonte: Emater RS
