A semeadura foi praticamente interrompida e alcança 89%, pois a redução acentuada de chuvas na segunda quinzena de novembro resultou em insuficiência de umidade na camada superficial do solo, necessária à germinação.

A diminuição das precipitações também causa déficit hídrico progressivo, especialmente crítico para as áreas em fases de floração (27%) e em início de enchimento de grãos (27%), que são mais vulneráveis ao estresse hídrico e térmico, que pode comprometer a polinização e a formação das espigas.

Em lavouras de plantio mais tardio, o desenvolvimento da cultura continua bom, apesar das condições climáticas desfavoráveis. Locais com maior cobertura de palhada e teor de matéria orgânica demonstram resistência ao estresse hídrico, indicando que o solo bem manejado possui maior resiliência em breves períodos de estiagens.

As lavouras em solos rasos ou com menor capacidade de retenção de água já apresentam sinais de limitação fisiológica, incluindo murchamento, enrolamento foliar e senescência basal. Nas áreas em fase reprodutiva, o potencial produtivo está condicionado à ocorrência oportuna das chuvas.

As áreas em sistemas irrigados mantêm desempenho superior, com acionamento mais frequente para suprir a elevada evapotranspiração decorrente de altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar.

As condições fitossanitárias continuam adequadas. Há apenas registros pontuais de cigarrinha-do-milho, ainda sob controle.

Estima-se o cultivo de 785.030 hectares e produtividade de 7.370 kg/ha, segundo a Emater/RS-Ascar.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a falta de chuvas causa estresse hídrico e térmico, e já há clorose nas folhas do baixeiro. Em São Gabriel, as lavouras implantadas em novembro apresentam melhor resistência ao estresse hídrico por estarem em desenvolvimento vegetativo. Na região da Campanha, os cultivos implantados entre o final de outubro e 20/11 apresentam bom estande, mas o desenvolvimento está lento devido às baixas temperaturas observadas, sobretudo no período noturno. Os produtores aguardam o retorno de chuvas mais expressivas para retomar a semeadura e realizar a adubação nitrogenada nas áreas em desenvolvimento.

Na de Caxias do Sul, as lavouras continuam a se desenvolver adequadamente, mantendo a boa expectativa de safra, apesar da baixa precipitação.

Na de Erechim, 5% dos cultivos estão em estágio vegetativo e 95% em início de pendoamento e espigamento.

Na de Frederico Westphalen, 35% estão em desenvolvimento vegetativo; 35% em floração; e 55% em enchimento. No período, observou-se estresse hídrico. As precipitações foram insuficientes para restabelecer a umidade do solo.

Na de Ijuí, estão em estágio de florescimento 45%dos cultivos, e em emissão do pendão 35%. A elevação da temperatura, combinada com a baixa precipitação e disponibilidade de água, intensifica o estresse hídrico. Algumas áreas apresentam murchamento e enrolamento das folhas, e as folhas basais estão em senescência. Nos solos mais compactos ou rasos, deve haver queda na produtividade.

Na de Passo Fundo, 50% das áreas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, e 50% em floração. A falta de umidade pode reduzir o potencial produtivo.

Na de Pelotas, o plantio chega a 49% do previsto; 90% das áreas estão em desenvolvimento vegetativo e 10% em pendoamento. A ocorrência de chuvas em 28/11, em volumes muito baixos (2 a 8 mm), foi insuficiente para repor a umidade do solo, resultando na paralisação das atividades de semeadura.

Na de Santa Rosa, em desenvolvimento vegetativo estão 7% das lavouras; em floração, 26%; em enchimento de grãos, 65%; e em maturação 2%, refletindo um cenário inicialmente favorável. Entretanto, várias áreas apresentam estresse hídrico, como murcha e amarelecimento das folhas inferiores.

Na de Soledade, o estresse hídrico afetou muitas lavouras, em especial os cultivos em estágio reprodutivo. Estão 50% em fase vegetativa, 35% em florescimento e 15% em enchimento dos grãos. A implantação da cultura permanece em 68%, e segue à espera da desocupação das áreas de tabaco para a semeadura do cereal em sucessão.

Comercialização (saca de 60 quilos) O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,80%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 61,18 para R$ 62,68.

Confira o Informativo Conjuntural Emater/RS n° 1896 completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1896

Site: Emater RS

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